Dois trabalhos da escola do Serviço Social da Indústria (SESI) de Pedro Leopoldo, em Minas Gerais, e um projeto da unidade do SESI Djalma Pessoa, em Salvador, venceram a Mostra SESI de Ciências e Engenharia da Olimpíada do Conhecimento 2016 . A iniciativa do SESI, em parceria com a Feira Brasileira de Ciência e Engenharia (Febrace) , tem o objetivo de estimular a iniciação de estudantes em pesquisa científica e tecnológica. Os três projetos participarão da Febrace, que ocorre de 20 a 24 de março de 2017, em São Paulo.
O resultado foi anunciado na tarde de domingo (13). As pesquisas feitas pela escola mineira foram coordenadas pela professora de biologia Larissa Umbelino. Uma delas analisou a ação da papaína, uma enzima extraída do mamão, sobre os ovos do Schistosoma mansoni , parasita que causa esquistossomose em humanos. No projeto, os alunos Amanda Cássia, Karen Viveiros e Lucas Amorim, que cursam o ensino médio, descobriram que a papaína impede a reprodução do Schistosoma ao destruir a camada exterior dos ovos do parasita.
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Já os alunos Alessandro Azevedo, Ana Paula Castilho e Ana Alice Pimenta, também do ensino médio, desenvolveram uma tinta à base de dióxido de titânio e de cal que transforma poluentes atmosféricos em gases inofensivos. “No município de Pedro Leopoldo, há muitas cimenteiras. Essa tinta, viável economicamente, pode ser usada em postes ou meio fios e contribuir para a purificação do ar de nossa cidade”, comentou Alessandro. Esse trabalho contou com o apoio da cimenteira Holcim.
MATÉRIA ESCOLAR - Os estudantes de ensino médio Davi Rocha Macedo Sousa, Giovanni de Lima Conceição e Matheus Souza Brito, da escola do SESI Djalma Pessoa, de Salvador, desenvolveram um software que ajuda alunos a gerenciarem os conteúdos escolares. Por meio da plataforma, acessível na Internet, é possível acompanhar os conteúdos que já passaram ou que ainda serão vistos em determinado ano letivo. O objetivo é dar mais autonomia para estudantes organizarem a rotina de estudos.
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FUTUROS CIENTISTAS – A gerente de Projetos Educacionais do SESI, Bárbara Trajano, destacou a importância da Mostra para aumentar o interesse de crianças e jovens pelo mundo das ciências. “Esperamos que saiam daqui grandes futuros cientistas”, afirmou. A coordenadora-geral da Febrace, Roseli de Deus Teles, informou que, entre os critérios levados em consideração na avaliação dos projetos, estão desde a atitude e as habilidades de comunicação dos estudantes até a análise dos relatórios produzidos e o rigor científico das propostas.
Ao todo, estiveram expostos na feira 15 projetos de escolas do SESI de cinco estados: Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Goiás e Rio de Janeiro. Os trabalhos tinham o intuito de resolver problemas do mundo real, por meio de fundamentos teóricos e metodologia científica, nas áreas de Ciências Agrárias, Ciências Biológicas, Ciências Exatas e da Terra, Ciências Humanas, Ciências da Saúde, Ciências Sociais Aplicadas e Engenharia.
A Mostra SESI é um piloto, que deverá ser desenvolvido nas unidades do SESI em todos os estados e no Distrito Federal a partir do próximo ano. O Laboratório de Sistemas Integráveis Tecnológico (LSI-TEC) da Escola Politécnica da USP é parceiro do projeto. Trata-se de uma instituição de desenvolvimento tecnológico, sem fins lucrativos, dedicado à criação e à inovação em tecnologias avançadas e é responsável pela realização anual da Febrace.