A rotina de Wilson Vasconcelos, 50 anos, e da filha Thaís Severo, 20, é de dedicação para entregar o Trabalho de Conclusão do Curso (TCC) do curso técnico em edificações que fazem no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) , em Taguatinga, Distrito Federal. Os dois estudam na mesma sala. Começaram o curso em 2015 e vão terminar em 2017.
Wilson é empresário do ramo de telecomunicações e já fez, no SENAI, os cursos de telecomunicações e eletrônica digital. Com essa experiência, orientou a filha a fazer o curso técnico em edificações ao mesmo tempo em que ela cursa a faculdade de Arquitetura. "Comecei a fazer o curso técnico para ter uma formação e entrar no mercado, antes de concluir o curso de arquitetura", destaca Thaís.
Pai e filha planejam o futuro como empreendedores. Wilson explica que vai trabalhar no escritório de Thaís. "Vou ser funcionário dela. Ela vai montar uma empresa de arquitetura, vai desenvolver os projetos e eu vou executar", diz bem-humorado.
Exemplos de dedicação à educação profissional, como o da família do Wilson, fazem parte da história do SENAI. Desde 1942, a instituição já formou mais de 65 milhões de brasileiros e é um dos cinco maiores complexos de educação profissional do mundo e o maior da América Latina. Seus cursos preparam profissionais para 28 áreas da indústria brasileira, desde a iniciação profissional até a graduação e pós-graduação tecnológica.
A constatação da Thaís de que a educação profissional é o melhor caminho para o primeiro emprego também é apontada por outros jovens brasileiros, segundo a pesquisa Os jovens, a educação e o ensino técnico , do SENAI.
De acordo com o levantamento, 72,4% dos 2.002 entrevistados, com idades entre 13 e 18 anos, citam pontos positivos desse tipo de formação, entre os quais ser um bom começo na carreira profissional, ter boa aceitação nas empresas e preparar melhor para o mercado de trabalho.
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