Lucas entrou no SENAI para ser empreendedor e virou competidor da WorldSkills

O jovem mineiro vai representar o Brasil em Carpintaria de Telhados na maior competição de profissões técnicas do mundo, na Rússia, agora em agosto

Técnicos de outros estados compartilharam conhecimentos com Lucas. Ele conta que o mais marcante foi o professor Alemão, pois o desafio era entendê-lo

Abrir o próprio negócio foi umas das principais motivações para que Lucas Coimbra Abdon, 18 anos, se matriculasse no curso de Marcenaria do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) em Contagem (MG). O pai, que é um grande apoiador das escolhas do filho, falava muito bem da instituição e ajudou o jovem na decisão de que curso deveria fazer.

Foi no curso técnico que o jovem conheceu muitas pessoas e passou a ver a rotina corrida de outros jovens. Eles se preparavam para a maior competição de profissões técnicas do mundo, a WorldSkills. E foi a partir desse momento que ele decidiu se empenhar para participar da disputa.

Todo o esforço valeu a pena pois, agora, Lucas vai representar o Brasil na ocupação Carpintaria de Telhados em Kazan, na Rússia. “Eu estou focado mesmo na competição. Eu sei que lá é um lugar diferente, um ambiente, clima e cultura diferente, mas eu quero esquecer tudo isso e focar nas provas”, conta o mineiro empolgado.

Ele lembra que por pouco não se classifica para o mundial, pois enquanto treinava para a etapa nacional, o jovem resolveu participar de algumas partidas de futebol na escola e fraturou o pé.

“Foi jogando bola que eu quebrei o pé na etapa nacional, porque quando eu voltei da estadual estava tendo um campeonatinho na escola. Meu técnico ficou até assustado achando que poderiam me cortar e colocar outro no meu lugar, porque ainda estava longe da etapa nacional. Minha sorte foi que a recuperação foi rápida e deu para continuar”, explica Lucas.

Nos treinamentos, o jovem tem que construir um tipo de coreto com as técnicas da Carpintaria

Apesar do ocorrido, ele afirma que pretende voltar a jogar bola depois que a competição passar. Por enquanto, gasta o tempo livre com os estudos e com a academia. 

Depois dessa vivência no mundo das disputas, Lucas tem novos planos como fazer faculdade de Engenharia de Produção e voltar a trabalhar no SENAI como técnico. Ele acredita que essas oportunidades transformam a vida e a mentalidade dos competidores.

“Eu acho que durante o treinamento a gente amadurece de uma forma diferente. Nós começamos a levar a vida mais a sério e vivemos uma competição até nas nossas rotinas, por exemplo, levantei e tenho que arrumar a cama, escovar os dentes e trocar de roupa então eu vou fazer logo isso. A postura também muda. Você sempre quer fazer, não tem corpo mole”, destaca Abdon, que incentivou e serviu de exemplo para o irmão mais velho fazer o curso de Administração no SENAI.   

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