Jovens passam por treinamento comportamental na preparação para torneio mundial de profissões

Treinamento foi aplicado aos 78 jovens brasileiros na disputa de uma vaga na World Skills São Paulo 2015

O trabalho – realizado desde 2007 – é uma estratégia para melhoria do desempenho dos competidores

Os 78 jovens brasileiros que estão na disputa por uma vaga na WorldSkills São Paulo participaram neste fim de semana (7 e 8 de março), em Brasília, de um treinamento comportamental. Os dois dias de atividades têm o objetivo de melhorar aspectos emocionais como capacidade de equilíbrio, planejamento, autoconfiança e organização para alcançarem os melhores resultados na preparação para a competição.

Entre os dias 11 e 16 de agosto, a delegação brasileira vai concorrer a medalhas em ocupações técnicas ligadas à indústria e ao setor de serviços. Nas provas, os competidores – todos com idade até 22 anos – precisam cumprir uma série tarefas semelhantes às do mercado de trabalho com padrão internacional de excelência. Realizado a cada dois anos, o torneio mundial acontecerá, este ano, pela primeira vez num país da América Latina.

“O treinamento comportamental atua para auxiliá-los a conciliar a dedicação para as provas e o desgaste pessoal que têm ao longo desse processo”, explica a psicóloga Tatiana Perin, uma das responsáveis pelo trabalho. Muitos desses jovens – lembra ela – ficam meses fora de casa, longe dos pais, dos namorados. “O coaching ajuda a manter o equilíbrio para esses momentos”, afirma.  Ouça aqui.

Jéssica Gritti é uma das que, aos 17 anos, passa pela experiência de deixar a cidade natal por conta da preparação para a WorldSkills. A gaúcha, de Caxias do Sul, tenta a vaga para a ocupação Aplicação em Revestimento Cerâmico e, para isso, irá passar os próximos dois meses em treinamento intensivo em Brasília (DF).

As dez horas diárias de preparação técnica vêm acompanhadas de exercícios de meditação em que ela planeja o que fará durante todo o dia. A habilidade aprendida nas sessões individuais e coletivas de coaching, realizadas desde dezembro, já trouxe resultados.

“Eu estava em terceiro na disputa pela vaga. Já deixei um competidor pra trás e alcancei o índice. Já estou empatada com o primeiro. Agora, vai continuar [na competição] quem tiver a melhor nota”, diz a jovem, ao se referir à última etapa seletiva marcada para abril.

Gabriel saiu da casa dos pais em Santos para se dedicar aos treinos na capital paulista

ESTRATÉGIA - As atividades de coaching para os competidores são desenvolvidas por uma equipe contratada pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), responsável pela delegação brasileira na competição mundial. O trabalho – realizado desde 2007 –  é uma estratégia para melhoria do desempenho dos competidores. Até o início das provas deste ano, estão previstas outras cinco sessões individuais por computador.

No caminho para ser o melhor do mundo em Administração de Sistemas de Redes, Gabriel Florêncio, 19 anos, saiu da casa dos pais em Santos (SP) para se dedicar aos treinos na capital paulista (SP). Interrompeu os estudos na faculdade e abandonou um estágio bem remunerado e com possibilidade de contratação para colocar todas as energias no mundial. Com a certeza de que as escolham valeram a pena, ele acredita que as sessões de coaching ajudam a melhorar sua inteligência emocional.

Quando questionado sobre que práticas ele adota individualmente para alcançar o equilíbrio, Gabriel conta que, ainda em Santos, fez um curso de filosofia e tenta se policiar para manter a calma. “Acho que a vida é uma oportunidade de crescer espiritualmente, profissionalmente e pessoalmente”.

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