![Torneio SESI de Robótica - etapa regional de Minas Gerais](https://static.portaldaindustria.com.br/portaldaindustria/noticias/media/imagem_plugin/torneiosesiderobticaregionalbh.jpg)
Robôs de diferentes tipos e tamanhos desembarcam no Rio de Janeiro para o Festival SESI de Robótica, entre 15 e 17 de março, no Píer Mauá. Com entrada gratuita ao público no sábado e no domingo, o destaque do evento é quem está por trás da construção e programação dos robôs: os mais de 1.200 alunos de escolas públicas e particulares que colocam, na prática, o aprendizado em Ciências, Matemática, Física e outras disciplinas ligadas à tecnologia.
Separados por categorias, os estudantes vão encarar três desafios: o Torneio SESI de Robótica FIRST LEGO League, o Torneio SESI de Robótica FIRST Tech Challenge (Desafio tecnológico) e o Torneio SESI F1 in Schools (F1 nas Escolas). O público poderá visitar o evento no sábado e no domingo (16 e 17).
Para o diretor de operações do Serviço Social da Indústria (SESI), Paulo Mól, essas competições estimulam os estudantes a pensar sobre o futuro pessoal e profissional. “A robótica é uma metodologia que extrapola os limites das salas de aula. Nós estamos formando jovens extremamente antenados nas novas tecnologias, no futuro do trabalho, no empreendedorismo, sem perder o lado humano. Neste modelo de aprender fazendo, na busca por soluções inovadoras, estamos gerando futuros cientistas, engenheiros e profissionais que o mercado tanto exige”, afirma.
No Torneio SESI de Robótica FIRST LEGO League, a disputa terá a participação de 84 equipes de diversos estados. As vagas foram conquistadas durante as etapas regionais. O tema da temporada, Into Orbit (Em órbita), desafia os estudantes a pesquisar sobre as questões relacionadas a viver e viajar no espaço. Eles terão de identificar e propor uma solução inovadora para um problema físico ou social enfrentado durante as viagens de exploração espacial.
“Mesmo estando no grupo há pouco tempo eu estou achando um experiência incrível. A coisa que eu mais gosto na robótica é a programação do robô”, destaca Luiza Mayorga Machado, 12 anos, estudante do 8º ano do SESI de Petrópolis (RJ).
![Torneio Nacional SESI de Robótica, em 2018, em Curitiba](https://static.portaldaindustria.com.br/portaldaindustria/noticias/media/imagem_plugin/torneio.jpg)
Na arena, os robôs feitos pelos próprios alunos com peças de LEGO ainda terão de cumprir missões como se locomover em áreas com crateras, ajudar um astronauta a voltar em segurança para a base espacial e até mover satélites para a órbita. Tudo de maneira lúdica na mesa de competição.
“Essa experiência é única porque o torneio tem uma proporção gigantesca. E fora que tudo que eu estou aprendendo durante os treinos e pesquisas eu vou levar para o resto da vida”, conta o estudante do 8º ano do SESI da Barra do Piraí (RJ), João Victor de Castro Faria, 12 anos.
Os melhores times da etapa nacional garantem vaga em torneios internacionais. O principal deles, o World Festival, considerado a Copa do Mundo da robótica, será realizado em Houston, nos Estados Unidos. No ano passado, a equipe Red Rabitt, do SESI de Americana (SP), foi a grande vencedora do mundial.
NOVAS CATEGORIAS – Uma das novidades de 2019 é a estreia do Torneio SESI de Robótica FIRST Tech Challenge (Desafio tecnológico): 16 equipes, formadas por alunos de 15 a 18 anos do ensino médio, poderão abusar da criatividade. Vindos de 15 estados nesta primeira edição, os estudantes vão projetar, prototipar e produzir as peças de acordo com as necessidades do robô. Mas claro, existem especificações técnicas que devem ser respeitadas.
O robô do FTC terá de cumprir missões, de maneira autônoma e por rádio controle, em uma arena que também tem como tema o espaço. No desafio Rover Ruckus (Aventura espacial), os robôs precisam recolher minerais na superfície de um outro planeta. Diferentemente do Torneio de Robótica, se por acaso a máquina der alguma pane na arena do FTC, o competidor não poderá interferir.
Haverá disputas em duplas e individuais. Quem recolher mais minerais, conquista a vitória. A melhor equipe ganha uma vaga para o World Festival, nos Estados Unidos. No FTC as equipes são avaliadas não apenas pelos robôs, mas também pelo envolvimento com a comunidade, como, por exemplo, uma simples campanha para arrecadar brinquedos para alguma entidade. São avaliadas ainda pelo relacionamento com outras equipes e a maneira como levam ciência e tecnologia para o maior número de pessoas.
VELOCIDADE – A terceira competição do festival é o Torneio SESI F1 nas Escolas (F1 in Schools). É um programa educacional oficialmente vinculado à F1 e que reproduz os desafios da corrida Fórmula 1. Nessa preparação para o mundo profissional, estudantes de 14 a 18 anos são desafiados a criar uma empresa que funcionará como uma escuderia. Eles podem utilizar diversos recursos tecnológicos para projetar, modelar e testar um protótipo de um carro de F1.
O carro, que deve ter no mínimo 50 gramas, vai participar de uma corrida na pista dos eventos oficiais da disputa. Algumas peças são feitas em impressoras 3D. O veículo será impulsionado apenas por um cartucho de gás de CO2. Eles são projetados para percorrer 20 metros de distância o mais rápido possível, suportando as forças da aceleração na partida, travessia do percurso e desaceleração física após cruzar a linha de chegada.
A avaliação, premiação e classificação para a etapa mundial se baseia no resultado de um conjunto de ações incluindo elaboração do plano de negócios, marketing e mídias sociais, apresentação, além do envolvimento em uma ação social relevante. Longe dos números e treinos, as equipes também precisam desenvolver um projeto social, que pode ser usado como critério de desempate no resultado final.
Esta primeira edição terá 17 equipes do ensino fundamental 2 e ensino médio da rede SESI. Os times se enfrentam em corridas diferentes no sábado (16) e no domingo (17). E claro, o mais veloz vence a competição. O programa F1 nas Escolas é organizado em mais de 40 países e a grande final, com equipes de todo o mundo, acontece em um circuito oficial da F1, onde os participantes conhecerão as escuderias, carros e pilotos. A F1 nas Escolas surgiu há 17 anos na Inglaterra. No Brasil, esta será a quarta edição. A primeira organizada pelo SESI.
PARA EDUCADORES - Durante o Festival SESI de Robótica também acontece um seminário sobre educação, em parceria com o jornal O Globo. Os debates com especialistas terão como foco a metodologia STEAM (termo em inglês que conceitua a união de Ciências, Tecnologia, Engenharia, Matemática e Artes). Nessa metodologia, os alunos são estimulados a pensar ‘’fora da caixa’’ em um aprendizado por meio da resolução de problemas, de construção de soluções inovadoras, criativas, feito de forma interdisciplinar, onde os professores atuam como facilitadores e são os maiores responsáveis pela condução desse processo. O seminário será realizado no dia 15 (sexta-feira), no Museu do Amanhã.
A TEORIA NA PRÁTICA – Profissionais da área de educação também poderão participar de oficinas do programa ACESSE (Arte Contemporânea e Educação em Sinergia no SESI). O programa se apropria da arte contemporânea para promover a inovação pedagógica e apoiar a implementação do STEAM nas escolas do SESI. Serão 4 oficinas durante o fim de semana do festival, com carga horária de 2h a 3h cada.
REDES SOCIAIS - Acompanhe a cobertura completa do Festival aqui na Agência CNI de Notícias e nos perfis do Torneio no Instagram e Facebook. Todas as fotos serão publicadas no Flickr da CNI.
SAIBA MAIS - Saiba tudo sobre as competições no site do Festival de Robótica.
FESTIVAL SESI DE ROBÓTICA
Quando: 15 a 17 de março
Aberto ao público apenas nos dias 16 e 17
Horário de visitação: 16/03 - sábado: 9h às 18h e 17/03 - domingo: 9h às 16h
Onde: Pier Mauá (armazéns 2 e 3) - Rio de Janeiro
ENTRADA GRATUITA