Estudantes do Distrito Federal criam capacete que pode reduzir estresse de astronautas

Os alunos vão apresentar o projeto no Festival SESI de Robótica, neste fim de semana, no Rio de Janeiro

Para aliviar um pouco do estresse sofrido no espaço, a equipe de robótica do Serviço Social da Indústria (SESI) de Taguatinga, no Distrito Federal, desenvolveu um novo capacete para os astronautas.

Chamado de Caemut, o Capacete Aliviador de Estresse com Múltiplas Terapias foi classificado na etapa regional do Torneio de Robótica FIRST LEGO League (FLL), em novembro de 2018, e vai concorrer na etapa nacional, que será realizada no Rio de Janeiro (RJ), entre os dias 15 e 17 de março.

A temporada 2018/2019 tem o tema Em órbita. Segundo Gabrielly Almeida, 16 anos, aluna do segundo ano do ensino médio e uma das integrantes da equipe, o projeto foi desenvolvido após a equipe realizar pesquisas para verificar quais os problemas encontrados no espaço. “A gente viu que o astronauta ficava muito estressado quando ele estava no trabalho, porque sair daqui, praticamente abandonar, não ter sua família, todas essas situações deixavam ele muito estressado e isso podia atrapalhar a missão”, diz a aluna.

De acordo com Gabrielly, o capacete utiliza três terapias: a reflexologia, a musicoterapia e a cromoterapia. “Na reflexologia, a gente usa os princípios de pontos de acupuntura. Se ele for estimulado, ele acalma a pessoa. A cromoterapia a gente usa uma luz de led nesse capacete e essa luz tem uma ação no nosso corpo quando apontada para um determinado lugar, no caso, a cabeça, que faz o corpo relaxar, ficar mais harmonizado. E a gente tem também a musicoterapia que usa músicas mais calmantes”, explica a estudante.

Na disputa, as equipes são avaliadas em quatro quesitos: Projeto de Pesquisa para colocar as ideias no papel; Design do Robô para desenvolvê-lo; Desafio do Robô, quando a equipe tem de cumprir missões com o próprio robô; e por final, a Core Values, quando é avaliado o trabalho em equipe.

Técnico da equipe há mais de quatro anos, o professor de matemática e robótica do SESI André Alcântara destaca que competições como esta incentivam o trabalho em equipe, ajudam na escolha da profissão e, futuramente, no acesso ao mercado de trabalho. “Aqui eles têm o tempo todo que questionar um ao outro e ao mesmo tempo fazer as coisas da melhor maneira possível. Tudo isso já vai criando uma autonomia muito grande. Hoje um funcionário que não consegue se adequar às exigências do mercado, fica fora”, ressalta.

Meninas são maioria na equipe do SESI de Taguatinga (DF)

Meninas na robótica - Com o nome de Albatroid, a equipe de robótica do SESI de Taguatinga tem chamado bastante atenção por onde passa. Isso porque diferentemente da maioria, a equipe possui em sua formação mais meninas do que meninos. Entre os nove integrantes, que têm entre 13 e 16 anos, seis são meninas. E são elas que dominam no torneio, fazendo a apresentação da programação e cuidando também do trabalho em equipe.

Segundo o técnico do time André Alcântara, o SESI incentiva os alunos e tenta sempre mostrar que tecnologia é para todos. “Empoderar essas meninas desde pequenas, dar essa oportunidade, vai ser muito bom para elas vencerem algumas barreiras no mercado de trabalho, porque a gente vê que é muito difícil você ter meninas no mercado de trabalho mexendo nessa parte de tecnologia”, destaca o professor.

O TORNEIO - O desafio da temporada explora a temática espacial, envolvendo satélites, comunicação, sobrevivência e aspectos psicológicos em que os astronautas estão sujeitos em uma viagem espacial. O objetivo é fazer com que os estudantes ingressem no mundo da ciência e tecnologia de uma forma divertida, a partir da construção e programação de robôs feitos com peças de Lego.

Crianças e jovens de 9 a 16 anos podem participar do Torneio de Robótica FIRST LEGO League, uma das três competições que serão realizadas durante o Festival SESI de Robótica, no Píer Mauá, no Rio de Janeiro. Cada equipe deve ter obrigatoriamente dois treinadores: técnico e mentor; e 2 a 10 competidores. As equipes precisam resolver um conjunto de problemas do mundo real, os mesmos vivenciados por profissionais como cientistas e engenheiros. 

SAIBA MAIS - Quer saber mais sobre robótica? Acesse o site do Festival de Robótica.

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