Alunos do Paraná apresentam proposta para melhorar alimentação no espaço

Uma das dez equipes do estado que participarão do Festival SESI de Robótica, no Rio de Janeiro, a Titanium criou uma solução que promete aguçar o paladar dos astronautas

"Eles aprendem a realmente trabalhar em equipe e eu vejo uma evolução muito grande em sala de aula", conta o técnico da equipe, Fernando Craveiro

A equipe de robótica do Serviço Social da Indústria (SESI) de Umuarama, no Paraná, vai disputar, junto com outros nove times do estado, o título nacional do Torneio SESI de Robótica FIRST LEGO League, uma das três competições do Festival SESI de Robótica, que vai ocorrer no Rio de Janeiro, entre os dias 15 e 17 de março. Esta é a primeira vez que a equipe Titanium, formada por nove alunos do ensino médio, consegue se classificar para a fase nacional. 

Para a temporada 2018/2019, que aborda o tema Into Orbit (Em órbita), os alunos criaram uma solução para melhorar a alimentação dos astronautas. Isso porque, durante as pesquisas, eles descobriram que quando o astronauta está em uma viagem espacial, os fluidos do corpo acabam se acumulando na região nasal, o que deixa o nariz congestionado e acaba dificultando na hora de sentir o cheiro do alimento, afetando também o paladar. 

“Para solucionar isso a gente pensou em um aspirador nasal de sucção, que é uma solução já existente, nós atribuímos valor agregado a ela. Aqui na terra ela é utilizada em bebês, e faz esse movimento de sugação para tirar o muco do nariz”, explica uma das integrantes da equipe, Milena Vignoto, 16 anos.

A estudante conta que entrou para a equipe de robótica para conhecer um pouco mais sobre programação e também para treinar a criatividade. “É uma experiência incrível que eu gostaria que todos tivessem a chance de participar. É muito bom ter esse contato direto com a tecnologia e ver que a robótica está cada vez mais inserida no meu cotidiano e no cotidiano geral das pessoas. Com certeza quero continuar fazendo algo na área da robótica”, afirma.

O torneio possui quatro tipos de avaliação: Projeto de Pesquisa para colocar as ideias no papel. Design do Robô para desenvolvê-lo. Desafio do Robô, quando a equipe tem de cumprir missões com o próprio robô. E por final, a Core Values, quando é avaliado o trabalho em equipe.

De acordo com o professor de química do SESI de Umuarama e técnico da equipe, Fernando Craveiro, a participação no torneio e também a robótica trabalham o desenvolvimento de diversas características consideradas fundamentais para o mercado de trabalho, próxima etapa da vida destes estudantes.

“Eles aprendem a realmente trabalhar em equipe e isso eu vejo uma evolução muito grande em sala de aula. Eles aprendem a ter mais paciência, a aceitarem a opinião um do outro, sem falar nessa questão de já terem noção dessa tecnologia que está tão forte hoje em dia, com essa revolução tecnológica que nós estamos vivendo, da entrada dos robôs. Tenho total certeza que eles vão ser profissionais bem diferenciados”, ressalta.

TORNEIO - O desafio da temporada, “Into Orbit”, explora a temática espacial, envolvendo satélites, comunicação, sobrevivência e aspectos psicológicos em que os astronautas estão sujeitos em uma viagem espacial. O objetivo é fazer com que os estudantes ingressem no mundo da ciência e tecnologia de uma forma divertida, a partir da construção e programação de robôs feitos com peças de LEGO.

Crianças e jovens de 9 a 16 anos podem participar do Torneio de Robótica First Lego League. Cada equipe deve ter obrigatoriamente dois treinadores: técnico e mentor; e dois a 10 competidores. As equipes precisam resolver um conjunto de problemas do mundo real, os mesmos vivenciados por profissionais como cientistas e engenheiros. 

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