Dia da Educação Profissional: conheça o perfil dos estudantes de cursos técnicos no Brasil

Apesar de ser uma das metas do Plano Nacional de Educação, país patina no número de matrículas nos últimos anos. Formação é importante para empregabilidade dos jovens

Você já ouviu falar em Educação Profissional e Tecnológica (EPT)? Trata-se de uma modalidade de formação com um objetivo bem claro: preparar o aluno para o exercício de uma profissão. Para desenvolver no jovem ou adulto as competências exigidas pelo mercado de trabalho, ela aposta em atividades práticas e conteúdo bem atual, alinhado com a realidade e as necessidades das empresas.  

Se enquadram na modalidade: cursos técnicos; de qualificação; graduação tecnológica, também conhecida como tecnólogo; e pós-graduação. Cada um com uma carga horária e título diferente. O tipo de curso mais conhecido e difundido é o técnico, que tem duração média de 1 ano e meio a dois anos e pode ser cursado por quem está no ensino médio ou já concluiu. 

Por isso, no Dia Nacional da Educação Profissional e Tecnológica, celebrado nesta sexta-feira (23), a Agência de Notícias da Indústria fez um raio-x das matrículas em cursos técnicos de nível médio no país, com base nos dados do 4° ciclo de monitoramento das metas do Plano Nacional de Educação (PNE), do Ministério da Educação (MEC).

Os números merecem atenção. O PNE estabelece triplicar o número de matrículas de 2014, chegando a 4,8 milhões em 2024. Contudo, além de não evoluir no ritmo esperado para a década, houve uma queda de 0,9% de 2018 para cá, com o ano de 2021 com 1,8 milhão de matrículados.

O diretor-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), Rafael Lucchesi, lembra que a formação técnica é uma grande ferramenta de transformação social e do mercado de trabalho. A instituição de ensino profissional referência no país teve, em todo o ano de 2021, 232 mil matrículas.


"O curso técnico contribui para elevar o nível de escolaridade da população e a empregabilidade dos alunos, e, por isso, deve ser visto por governos, pelas instituições de ensino, empresas e pela própria sociedade civil como política educacional e de emprego prioritária”, defende o diretor-superintendente do SENAI, Rafael Lucchesi. 


O 23 de setembro foi escolhido como Dia da Educação Profissional porque foi a data da assinatura do decreto que criou 19 escolas de aprendizes artífices, em 1909. Mais de um século depois, é importante refletir sobre como está a modalidade no cenário atual e quem são os brasileiros que fazem cursos técnicos no país.

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