
Há seis anos, Eduardo Mateus Hermann deixou a pequena Corupá, uma cidade com pouco mais de 15 mil habitantes no interior de Santa Catarina, para estudar no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) em Jaraguá do Sul.
O garoto queria aprender uma profissão na área de redes de computadores. “Eu estava terminando o ensino médio. A gente não sabe o que fazer. Foi quando surgiu a oportunidade de ingressar no SENAI”, lembra.
Dois anos depois, a convite dos professores, Eduardo participou de seletivas para a WorldSkills de 2015, realizada no Brasil, mas não foi classificado.
Mais tarde, decidiu que não ia abandonar o sonho e voltou a treinar e a competir em 2017. Foi campeão estadual e, em 2018, nacional na modalidade Administração de Sistemas de Redes.
O próximo passo é a WorldSkills 2019, o maior torneio de educação profissional do mundo, que acontece em agosto, na cidade de Kazan, a 800 quilômetros de Moscou.
A vida tem sido movimentada. Da escola em Jaraguá do Sul, Eduardo foi treinar em Blumenau.
No ano passado, foi a vez de participar das seletivas da disputa mundial na França. “Desde que comecei a me preparar para os torneios, o leque começou a se abrir. As mudanças me fizeram amadurecer e enxergar a vida de outro modo”, diz.
A carreira também não parou. Ele terminou o curso técnico, começou a trabalhar na área e hoje cursa graduação tecnológica em Redes de Computadores.
O pai, que também foi aluno no SENAI, tem sido um incentivador. O foco de Eduardo agora é a Rússia. “Até lá, é uma ansiedade. Será uma oportunidade de conhecimento para além da competição, um momento de coroação e reconhecimento de todo o nosso esforço até aqui”, afirma.