O jovem de Bauru, interior de São Paulo, fazia curso de Eletromecânica no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) quando recebeu o convite para integrar uma equipe de competição em Manufatura Integrada. O chamado implicava um esforço a mais: estudar Mecânica. Para o rapaz, que foi para o curso de Eletrônica porque gostava de tocar violão elétrico, o desafio trouxe novas descobertas. “Eu não sabia montar uma ferramenta e eles me ajudaram do zero. Os professores do SENAI, meus amigos... Aí fechamos a equipe e estamos até hoje”, diz Avelino.
Junto com os dois colegas, Luiz e Evan, Avelino treinou por dois anos e meio para o torneio estadual e, depois, oito meses para o nacional. Os três conquistaram, então, posição entre os melhores profissionais de Mecânica do país e a equipe que vai representar o Brasil na WorldSkills 2019, o maior torneio de educação profissional do mundo.
A competição, que acontece em Kazan, na Rússia, no mês de agosto, virou Avelino do avesso. “Aprendi que a gente é capaz de fazer qualquer coisa, basta a gente querer. Se eu largar a Mecânica e for trabalhar em outra coisa, eu sei que consigo. A competição me ensinou a acreditar mais. Me deu um rumo na vida”, conta.