Sabe aquele pão francês e aquele iogurte que você come no café da manhã? E aquela cervejinha que serve de motivo para reunir os amigos nos finais de semana? Pois é! Esses alimentos passam por diversos processos em sua formação e um deles é a fermentação, feita por microrganismos.
Por meio da Biotecnologia é possível acompanhar e até modificar esses organismos vivos com o propósito de criar novos produtos. Ela também pode ser aplicada em áreas como saúde, têxtil, indústria, química, energia, entre outras.
Foi motivada por essas possibilidades de pesquisa que a biotecnologista Letícia Marques escolheu esse ramo da ciência. Formada pela Universidade de Brasília (UnB), a baiana está representando o Brasil na principal cúpula global de Biotecnologia, que reúne líderes mundiais para discutir desafios e inovações na área: o GapSummit 2019.
O evento ocorrerá até quinta-feira (20), em Harvard e no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos. Durante esses cinco dias, os 100 participantes se dividem em grupos e trabalham para solucionar problemas com a aplicação da ciência.
Letícia, que é analista técnica no Serviço Social da Indústria (SESI), faz parte do grupo que desenvolve uma solução de plantio para a África Subsaariana. Ela conta que os projetos desenvolvidos no trabalho foram muito importantes para o ingresso no congresso de Biotecnologia.
“Na minha inscrição eu tinha que falar dos nossos projetos no SESI e das minhas experiências de liderança como o meu papel de juíza na FIRST Lego League. Minha experiência com a modelagem de negócios também ajudou muito para eu ter sido selecionada”, conta Letícia.
Ela ainda destaca que os contatos que tem feito durante o encontro são de suma importância para as funções que desempenha dentro do Sistema S e para a carreira profissional. “Aqui tenho a oportunidade de compartilhar o que temos feito no SESI com os demais participantes, mentores e profissionais de outras instituições importantes e eles ficam impressionados”, explica.
HISTÓRIA – Nascida em Barreiras (BA), Letícia sempre soube que queria ser cientista. A jovem descobriu o curso de Biotecnologia quando a época de prestar vestibular estava se aproximando e se apaixonou. Atualmente, a jovem de 23 anos trabalha no SESI com gerenciamento de projetos relacionados a sustentabilidade, promoção da saúde, segurança do trabalho, segurança alimentar e tecnologia de alimentos.
Os planos para o futuro são trabalhar em projetos relacionados à alimentação e construir uma boa bagagem de conhecimentos, adquirida nas conversas com os profissionais do congresso, para colocar em prática nos projetos aqui no Brasil.
GAPSUMMIT – É o principal evento da Global Biotech Revolution (GBR), uma organização sem fins lucrativos liderada por jovens que conecta e desenvolve futuros líderes para acelerar o crescimento do ecossistema global de biotecnologia.