Alunos de Indaiatuba (SP) projetam roupa com mais proteção anti-radiação para astronautas

Equipe participa do Festival SESI de Robótica, neste fim de semana, no Rio de Janeiro

Alunos de escola particular do interior de São Paulo formam a equipe

Criar novas ideias para o espaço sideral. Esta é a proposta do Torneio SESI de Robótica deste ano. 

Pensando nisso, nove integrantes mais um técnico e um mentor da equipe Bazinga, de Indaiatuba (SP), criaram uma nova roupa para astronautas. Com a ideia, eles vão buscar uma medalha no torneio nacional, que ocorre de 15 a 17 de março, no Rio de Janeiro (RJ).

O material do uniforme feito pela equipe possui grafeno e dióxido de titânio na confecção.

A proposta da equipe é dar mais ‘proteção à roupa dos astronautas’. É o que afirma o técnico do time Leandro Mathias de Oliveira, de 38 anos. "O maior problema que eles [astronautas] sofrem fora da órbita seria a questão da radiação solar. Então estamos desenvolvendo uma roupa própria para isso, onde ela vai ter alguns compostos como grafeno e dióxido de titânio que vai deixar mais protegida ainda do que se já tem hoje. O astronauta em si, sofreria menos com isso, diminuindo o risco de câncer e outros problemas que a radiação causa”, explica o o técnico.

Inicialmente, a equipe tinha à disposição apenas o dióxido de titânio. Não sendo suficiente, requisitou o grafeno a um instituto autorizado a utilizar o componente químico no Brasil. Após acordo para melhorar o protótipo com o novo material, os integrantes apresentarão uma roupa com maior proteção.

“Os alunos acabam aplicando conhecimentos de química como pesquisa e metodologias que são usadas em faculdades em toda a fase da pesquisa. A equipe em si, acaba aplicando conteúdos mais avançados que somente conteúdo escolar”, analisa Leandro.

Trabalho em equipe: cada um tem uma especialidade no grupo

Organização de funções - O aluno de um colégio particular de Indaiatuba, Daniel Timura, de 16 anos, é um dos nove competidores da Bazinga. Ele acredita na organização das funções de cada um da equipe para um bom desempenho no torneio nacional. “Cada um tem uma afinidade. Eu, por exemplo, tenho mais afinidade no robô. Mas isso não impede que eu faça a pesquisa ou dê uma opinião na pesquisa. Não dá para fazer tudo, mas todo mundo tem a sua especialidade. No final dos treinos, normalmente na sexta a gente sempre se reúne e fala o que está fazendo em cada parte. A gente sempre tenta integrar a equipe ao máximo para todo mundo saber o que está acontecendo em cada área”, esclarece o estudante.

Daniel exalta o ensino recebido do técnico Leandro. “Uma analogia boa para fazer é que ele não nos dá o peixe, mas nos ensina a pescar. O Leandro não fala 'faz isso', ele dá um caminho para a gente. Não é que ele não quer ensinar, ele quer que a gente aprenda. Com isso, a gente pode aprender muito bem”, opina.

Entenda o torneio - Os times devem ter dois treinadores: técnico e mentor; e de 2 a 10 competidores, que são avaliados nas seguintes fases: Projeto de Pesquisa para colocar as ideias no papel; Design do Robô para desenvolvê-lo; Desafio do Robô, para a equipe cumprir missões com o próprio robô; além da Core Values, quando são avaliados os valores morais da equipe.

O Torneio SESI de Robótica FIRST LEGO League 2018/2019 tem o tema IntoOrbit, que em inglês significa “na órbita”, mais precisamente no espaço sideral.

As equipes precisam resolver um conjunto de problemas do mundo real, os mesmos vivenciados por profissionais como cientistas e engenheiros para melhorarem o trabalho feito no espaço. 

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