Sudene apresenta diretrizes para desenvolvimento regional à Associação Nordeste Forte

Representantes das federações das indústrias conheceram as principais propostas do governo federal e discutiram outros projetos relevantes para fomentar o crescimento da economia nordestina

Amaro Salles ressaltou que a região Nordeste precisa de políticas diferenciadas para enfrentar os gargalos existentes e para fomentar o desenvolvimento da economia

A redução das disparidades regionais presentes no Brasil exigem políticas públicas estruturadas, com visão de longo prazo. Com o objetivo de conhecer o que está em discussão no governo federal, a Associação Nordeste Forte – que reúne os presidentes das Federações das Indústrias da região – recebeu, nesta terça-feira (28), o superintendente substituto da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), Antonio Ribeiro, que apresentou as principais diretrizes da autarquia para fomentar o crescimento e a competitividade da região.

Durante o encontro, realizado na Confederação Nacional da Indústria (CNI), o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN) e presidente da Nordeste Forte, Amaro Salles, ressaltou que a região precisa de políticas diferenciadas para enfrentar os gargalos existentes e para fomentar o desenvolvimento da economia. “O Nordeste tem muita potencialidade. Temos adversidades climáticas, sim, mas temos de conviver com o clima”, exemplificou.

Nesse sentido, Ribeiro discorreu sobre o Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE) e fez um diagnóstico dos desafios da região para reduzir o descompasso com o Centro-Sul do país. Como principais entraves a serem superados, ele apresentou como prioridades os investimentos em infraestrutura, a pouca integração nas políticas educacionais com as necessidades do mercado de trabalho e das empresas, e a baixa taxa de inovação nos estados.

Atualmente em fase de discussão e articulação das ações, o PRDNE precisa contar com a participação ativa do setor produtivo para que venha a ter bons resultados, segundo Ribeiro. “As federações têm espaço para colaborar. Não é algo que sairá pronto da Sudene. A indústria tem um papel fundamental, até porque o setor é um dos pilares de sustentação do plano”, assegurou o superintendente.

PROJETOS ESTRATÉGICOS – Os integrantes da Nordeste Forte também discutiram propostas em tramitação no Congresso Nacional, como o PL 5.992 de 2016, do deputado Jorge Côrte Real, ex-presidente da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE). A proposta possibilita a renegociação das dívidas contraídas até 2010 com os fundos constitucionais de desenvolvimento, como o do Nordeste (FNE). Na prática, o projeto restabelece o equilíbrio econômico e financeiro das empresas.

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