Ao se falar em restrição de crédito, logo pensamos em risco de inadimplência, porém a análise de crédito não leva apenas esse aspecto em consideração. Mesmo que a empresa esteja com todas as contas em dia, ainda pode ter uma solicitação de crédito negada.
Conheça outros temas: Engenharia, Economia, Inovação, Educação Executiva, Reforma tributária, Trabalho intermitente, Legislação Trabalhista, Novo Ensino Médio,
Por isso, é necessário adotar políticas que façam da empresa uma boa pagadora, mas também que contemplem os fatores que o Núcleo de Acesso ao Crédito (NAC) vai explicar a seguir.
Restrição de crédito e sua relação com o risco
O risco de crédito consiste em admitir a possibilidade de perdas causadas pelo não cumprimento das obrigações assumidas pelo devedor ou de sua contraparte.
Apesar de ser a circunstância mais comum, o risco de crédito vai além, pois também contempla questões como:
- contrato de crédito desvalorizado;
- remunerações ou ganhos reduzidos;
- vantagens obtidas durante renegociações de dívidas;
- custos para a recuperação desse crédito.
Em casos de empresas que tenham filiais, todas as unidades devem seguir políticas, modelos, sistemas e procedimentos que permitam avaliar, decidir, mitigar e mensurar riscos. Além disso, essas políticas devem considerar todas as etapas do ciclo de crédito: pré-concessão, concessão, monitoramento, cobrança, recuperação e renovação.
Por isso que, em muitos contextos, a análise de crédito é realizada de forma tão minuciosa e a restrição de crédito se torna comum.
Outros fatores que levam a restrição de crédito
Não é apenas o histórico de pagamentos que é analisado na concessão de crédito. Existem outros fatores, conhecidos como "os Cs do crédito", que dão uma noção maior quanto à probabilidade de uma empresa quitar suas dívidas e honrar seus compromissos. São eles:
Refere-se à reputação e idoneidade do negócio no mercado; como ele é visto por seus parceiros, entes públicos e sociedade em geral.
O caráter pode ser verificado pelas políticas internas adotadas pela empresa: com quais tipos de produtos trabalha, maneira que respeita as leis (tributárias, ambientais e trabalhistas) e como trata seus fornecedores, clientes e demais cidadãos.
Essa análise ajuda a identificar se as atividades da empresa possuem condições para quitar suas dívidas, por meio da verificação de seu faturamento, fluxo de caixa, despesas e custos.
Os principais índices utilizados ao calcular a capacidade de pagamento são:
- liquidez corrente;
- liquidez seca;
- liquidez geral;
- dívidas/patrimônio líquido;
- dívidas/ativos.
Eles são analisados com a ajuda de questões como o ramo de atividade da empresa.
A verificação do capital dá-se por meio da análise de índices financeiros específicos (lucratividade, liquidez, nível de endividamento, etc) e de informações sobre a composição do capital obtidas em relatórios e demonstrativos econômicos da empresa.
Aqui, verifica-se a capacidade da empresa ou dos sócios disponibilizarem garantias para a quitação dos débitos.
As exigências quanto ao tipo dependerão do crédito que se busca e podem ser reais (a hipoteca e o penhor) ou fidejussórias (o aval e a fiança).
Elas são importantes, pois dão uma maior segurança em caso de inadimplência. Por meio da garantia, o credor tem como recorrer e não sair prejudicado.
Também é importante verificar a flexibilidade da empresa em se adaptar a situações emergenciais e a agilidade em desenvolver formas de se defender diante de ameaças.
Um exemplo desse tipo de adaptação ocorre quando a empresa é dependente de um único fornecedor e possui plano de ação para continuar suas atividades após finalização do contrato.
Além disso, a maneira como a empresa saiu de instabilidades anteriores serve de ilustração sobre sua desenvoltura nesses momentos.
Busca investigar como outras entidades que pertencem ao grupo econômico do negócio o afetam. Temos situações em que empresas de um mesmo grupo são fornecedoras e clientes entre si por questões estratégicas. Havendo casualidades no mercado, pode haver prejuízo entre as partes e, consequentemente, afetar o cumprimento de pagamentos.
Ter crédito disponível faz toda diferença para que a empresa consiga superar crises e reduzir danos. Mas não somente isso: esse recurso também serve para manter a saúde do seu negócio e promover o desenvolvimento.
Ainda ficou com alguma dúvida? O NAC pode ajudar. Compartilhe as necessidades do seu negócio e receba o indicativo das linhas de crédito mais adequadas para a sua empresa.
Conheça outros temas: Economia, Economia Circular, Propriedade Intelectual, Licenciamento ambiental, Novo Ensino Médio, Reforma Tributária, Retomada do Crescimento