João Amoêdo, pré-candidato à Presidência da República, quer reduzir intervenção do Estado na economia

O fundador do Partido Novo participou, na Casa da Indústria, em Natal, da 1ª edição do Fórum Sistema FIERN Caminhos do Brasil

Pré-candidato João Amoêdo apresenta propostas para o Brasil

Mais liberdade para os empreendedores, ampla privatização (incluindo Petrobras, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil), redução das despesas dos governos, descentralização da aplicação dos recursos públicos e diminuição da carga tributária. Estes foram os principais pontos defendidos pelo pré-candidato à Presidência da República pelo Partido Novo, João Amoêdo, durante a palestra no Fórum Sistema FIERN Caminhos do Brasil, na Casa da Indústria, nesta segunda-feira (26). Promovido pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte, o Fórum pretende ouvir os pré-candidatos à presidência da República e ao governo do Estado.

João Amoêdo fez um diagnóstico da situação econômica e política do Brasil. Na ocasião, apresentou indicadores que mostram dificuldades para se empreender no país. Lembrou que a economia nacional está entre as que ficam nas piores colocações no ranking de liberdade econômica. Em 2017, o Brasil caiu 12 posições e figura em 118º lugar na lista, elaborada pelo instituto de pesquisa canadense Fraser Institute. Com nota 6,34, citou o presidenciável, o país se encaixou no patamar dos “menos livres”.

“Não é uma posição que queremos ficar”, disse o pré-candidato. Ele afirmou que o melhor caminho é reduzir a intervenção do Estado na atividade econômica. Essa situação, avaliou, é decorrência de uma economia na qual há dificuldade para se abrir e fechar empresas e se caracteriza por entraves para a inovação, com uma burocracia elevada.

“Precisamos de menos tutela estatal. Mas a carga tributária está cada vez maior”, afirmou. Para ele, o modelo está falido e precisa mudar. “Devemos ter um país no qual todos possam chegar lá”, acrescentou. Para isso, o Estado deve deixar a economia para as empresas privadas e ter como foco os serviços públicos essenciais, como educação, saúde, segurança. “Atuar para termos um Brasil mais seguro, isto sim, é o papel do Estado”.

MAPA ESTRATÉGICO DA INDÚSTRIA - Na abertura do Fórum FIERN Caminhos do Brasil, o presidente da Federação das Indústrias do RN, Amaro Sales de Araújo, disse que a instituição quer conhecer o que pensam os candidatos à Presidência da República. “Para nós é importante que defendam as ideias do seu partido, mas que possam sustentar as teses que orientarão seus programas de governo”, afirmou.

Ele destacou que é necessário que os presidenciáveis demonstrem números razoáveis e argumentos fortes. “O discurso genérico não cabe mais no cenário que está diante de nós”. Amaro disse que a FIERN quer ouvir e ser ouvida. “O Brasil é também Nordeste, é também Rio Grande do Norte”, enfatizou.

O presidente da FIERN citou dois documentos que os candidatos precisam conhecer, o MAIS RN, elaborado pela Federação das Indústrias, e o Mapa Estratégico da Indústria, lançado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O MAIS RN é um roteiro, com diagnóstico e indicadores, para o planejamento do RN até 2035. O Mapa Estratégico da CNI é uma agenda para o Brasil nos próximos quatros. Amaro entregou ao pré-candidato uma cópia encadernada do MAIS RN.

Para Amaro Sales, somente o exercício do debate provocará o aprofundamento necessário para análise dos temas de interesse da nação. “Não é a paixão movida pelo engajamento partidário ou, muito menos, interesses de grupos e corporações que orientarão um bom debate. Precisamos de razoabilidade e serenidade para que todos sejam ouvidos e avaliados”, afirmou.

OS PRÉ-CANDIDATOS NA FIERN:
26/03/2018 - João Amoêdo, pré-candidato à Presidência da República, quer reduzir intervenção do Estado na economia

07/05/2018 - Álvaro Dias defende refundação da República no Fórum FIERN Caminhos do Brasil

18/05/2018 - Bolsonaro defende reforma da Previdência, redução de impostos e privatizações

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