Indicadores Industriais confirmam desaquecimento da atividade em abril

Conforme a pesquisa, as horas trabalhadas na produção - medida mais adequada para acompanhar o ritmo da atividade na indústria - caíram 5,9% em abril frente ao mesmo mês do ano passado

O faturamento real da indústria brasileira cresceu 2,7% em abril em relação a março, na série com ajuste sazonal. Foi o único indicador que teve desempenho positivo nesta base de comparação, o que confirma o desaquecimento da atividade industrial. As horas trabalhadas na produção ficaram praticamente estáveis, com leve queda de 0,1%, o emprego caiu 0,6%, a massa real de salários diminuiu 1,3% e o rendimento médio real dos trabalhadores recuou 0,2%. As informações são da pesquisa Indicadores Industriais, divulgada nesta terça-feira (3), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Conforme a pesquisa, as horas trabalhadas na produção - medida mais adequada para acompanhar o ritmo da atividade na indústria - caíram 5,9% em abril frente ao mesmo mês do ano passado. Nessa base de comparação, o indicador recuou em 18 dos 21 setores pesquisados. "O ritmo da atividade está muito fraco", avalia o gerente executivo da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco.

Ele explica ao Portal da Indústria que o desaquecimento da atividade é resultado  das dificuldades da economia. Ouça clicando aqui.

Em abril, a indústria operou com 81,1% da capacidade instalada, o mesmo nível registrado em março. Mas, na comparação com abril do ano passado, o indicador recuou 2,1 pontos percentuais. "A utilização da capacidade instalada caiu em 15 dos 21 setores considerados, o que reforça a avaliação de baixa atividade da indústria em abril", diz a pesquisa.


MERCADO DE TRABALHO - Apesar da queda em abril em relação a março, na série livre de influências sazonais, os dados sobre emprego e renda são positivos. Na comparação com abril do ano passado, o emprego aumentou 0,4%, a massa real de salários cresceu 2,2% e o rendimento médio de real dos trabalhadores teve alta de 1,7%.

Nesta base de comparação, o emprego subiu em 12 setores dos 21 setores pesquisados. Os outros indicadores de mercado de trabalho também cresceram na maioria dos setores:  13 para a massa real de salários e 12 para o rendimento médio do trabalhador.
 

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