Faturamento da indústria caiu 3,7% em fevereiro, revela pesquisa da CNI

Indicadores Industriais da CNI mostram que a massa real de salários aumentou 1,9% e o rendimento dos trabalhadores cresceu 0,4% em fevereiro frente a janeiro na série livre de influências sazonais

O faturamento da indústria brasileira caiu 3,7% em fevereiro na comparação com janeiro, na série livre de influências sazonais. No mesmo período, a utilização da capacidade instalada recuou 1,9 ponto percentual, as horas trabalhadas na produção cresceram 0,4% e o emprego aumentou 0,3%.

As informações são dos Indicadores Industriais, divulgados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), nesta terça-feira (9). "As oscilações entre queda e crescimento dos indicadores que medem a atividade industrial são sinais de que a indústria ainda não encontrou sua trajetória de crescimento", diz a pesquisa.

Na contramão da queda do faturamento, a massa real de salários aumentou 1,9% e o rendimento médio real dos trabalhadores cresceu 0,4% em fevereiro frente a janeiro na série livre de influências sazonais. "O aumento da massa salarial foi o mais intenso em 14 meses", informa a CNI.

De acordo com o gerente da Unidade de Competitividade e Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca, o salário real na indústria vem crescendo desde 2006. Isso é resultado do aquecimento do mercado do trabalho e da disposição da indústria em reter trabalhadores qualificados. Além disso, há a expectativa de crescimento da atividade industrial ao longo do ano.

ANÁLISE SETORIAL - Em relação a fevereiro de 2012, a massa salarial teve alta de 2,8%. O indicador cresceu em 14 dos 21 setores pesquisados, nessa base de comparação. A maior alta ocorreu na indústria de móveis, em que a massa salarial aumentou 29,6% em fevereiro frente ao mesmo mês do ano passado. Neste setor, o faturamento ficou estável, com expansão de apenas 0,1%, as horas trabalhadas na produção cresceram 3,6% e o emprego aumentou 1,8%.

Na indústria de máquinas e materiais elétricos, o faturamento caiu 2,2% em fevereiro na comparação com igual mês de 2012. No mesmo período, a massa real de salários aumentou 23,1% e as horas trabalhadas na produção tiveram expansão de 5%, e a utilização da capacidade instalada recuou 0,7 ponto percentual.

ÁUDIO - Ouça o que disse o economista da CNI Marcelo de Avila, durante entrevista à Rádio Indústria clicando aqui.

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