Depois de queda da Selic, cresce a confiança da indústria

Pela primeira vez desde outubro de 2022, as expectativas em relação à economia brasileira cruzaram a linha que separa o pessimismo do otimismo para os próximos seis meses

Homem pardo usa capacete de proteção azul marinho, óculos transparentes e protetores de ruídos vermelhos. Ele veste camisa cinza e está em ambiente fabril.
Corte na taxa de juros animou perspectivas dos empresários industriais

O que você precisa saber? 

  • O empresário está mais confiante para os próximos seis meses, influenciado pela queda na taxa de juros 
  • Os industriais ainda não se mostram satisfeitos com as condições atuais da economia, mas já houve melhora na percepção
  • A consulta aos empresários foi feita após decisão do Comitê de Política Monetária de cortar em 0,5% a Selic, que agora está em 13,25%

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) avançou 2,1 pontos, de 51,1 pontos para 53,2 pontos. O aumento mostra que o indicador da Confederação Nacional da Indústria (CNI) começa a se afastar da linha divisória dos 50 pontos, que separa confiança de falta de confiança.

O levantamento ouviu 1.373 empresários, entre eles 555 de empresas de pequeno porte, 508 de médio porte e 310 de grande porte entre 1º e 7 de agosto de 2023.

“A confiança está mais forte e disseminada entre os empresários da indústria. Foi a primeira vez, em 10 meses, que as expectativas sobre a economia para os próximos seis meses cruzaram a linha divisória de 50 pontos, demonstrando otimismo. A transição em relação ao futuro próximo da economia está relacionada ao início da redução da taxa básica de juros e a previsão de novos cortes até o fim do ano”, explica o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo. 

Gráfico com linhas azuis e vermelhas mostra oscilações do índice de confiança do empresário industrial

O Índice de Condições Atuais, que compõe o ICEI, avançou 1,8 ponto, para 47,3 pontos. Ao se manter abaixo da linha divisória dos 50 pontos, o componente segue demonstrando percepção de piora das condições atuais da economia brasileira e das empresas. Contudo, ao se aproximar dos 50 pontos, sinaliza que a percepção de piora mais fraca e menos disseminada em agosto. 

Segundo componente do ICEI, o Índice de Expectativas subiu 2,3 pontos para 56,2 pontos, indicando expectativas mais otimistas para os próximos seis meses.

Esse índice é composto por expectativas em relação à economia, que passou de 48,2 pontos para 51,5 pontos, e em relação à própria empresa, que subiu de 56,7 pontos para 58,6 pontos.

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