88% dos brasileiros consideram os preços de energia elétrica altos ou muito altos

Pesquisa feita pelo Ibope e encomendada pela Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) mostra que 88% da população avalia os preços como elevados

Segundo o presidente da Abraceel, Reginaldo Medeiros, as indústrias já inseridas no mercado livre de negociação de energia conseguiram uma redução média de 17% no preço cobrado por ela nos últimos 11 anos

A maioria dos brasileiros considera abusivos os preços da energia elétrica no país. Pesquisa feita pelo Ibope e encomendada pela Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) mostra que 88% da população avalia os preços como elevados. Do total, 57% consideram os custos de eletricidade muito altos. O levantamento foi divulgado nesta quinta-feira (1º), no evento em comemoração aos 15 anos da Abraceel, realizado na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília.

Conforme pesquisa, que ouviu 2.002 pessoas em julho deste ano, 72% dos entrevistados gostariam de ter liberdade de escolha de empresas para fornecimento de eletricidade e 44% acreditam que o mercado livre reduziria o preço da energia. Além disso, 89% dos brasileiros têm vontade de gerar energia elétrica em casa.

“O setor deve se preocupar não somente em vender energia, mas em sua qualidade e eficiência e ajudar os consumidores a conservá-la” - Eduardo Braga

O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, destacou que o governo busca viabilizar fontes renováveis, com destaque para a solar. “Em breve, lançaremos um programa para incentivar esse tipo de energia em larga escala”, anunciou. O economista Eduardo Giannetti disse que incentivos para a autogeração de energia são sempre bem-vindos e o livre mercado de fornecimento de energia respeitaria a liberdade dos consumidores. “O setor deve se preocupar não somente em vender energia, mas em sua qualidade e eficiência e ajudar os consumidores a conservá-la”, complementou.

De acordo com o ex-ministro das Telecomunicações Luís Carlos Mendonça de Barros, o movimento de fortalecimento do mercado livre de energia se compatibiliza com as mudanças que a sociedade quer na estrutura, objetivos e custos com o Estado. Ele lembra que, em 1988, um terço dos brasileiros vivia na economia formal. Hoje, 70% estão na formalidade e sofrem com a carga tributária. “O viés estatizante do Estado deixou de ser possível”, disse.

O presidente da Abraceel, Reginaldo Medeiros, informou que as indústrias já inseridas no mercado livre de negociação de energia ( entenda no site da Abraceel ) conseguiram uma redução média de 17% no preço da energia nos últimos 11 anos. “Isso representa uma redução do Custo Brasil e esse benefício poderá ser estendido para toda a população, inclusive médios e pequenos consumidores”, destacou. Medeiros também ressaltou ainda o papel central dos consumidores no cenário futuro do setor elétrico. Ouça clicando aqui.

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