FIEP/PR - Madeireiros de todo o país traçam plano de ação do setor em Curitiba

As ações foram definidas por representantes de 16 sindicatos de madeireiros de todo o país, durante o Intercâmbio de Lideranças Setoriais da Indústria da Madeira, realizado na Federação das Indústrias do Paraná

O Intercâmbio de Lideranças Setoriais da Indústria da Madeira reuniu representantes de Tocantins, Goiás, Rondônia, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Pará, Mato Grosso, Ceará, Sergipe, Pernambuco, São Paulo, Minas Gerais e Alagoas

Propor um anexo para a NR-12 específico para o setor, destacar a atuação sindical, defender a contribuição assistencial compulsória e compartilhar os avanços das negociações coletivas. Estas foram as três ações consideradas prioritárias para o fortalecimento do segmento da Madeira no Brasil e passam a integrar um plano de ação setorial. As ações foram definidas por representantes de 16 sindicatos de madeireiros de todo o país, durante o Intercâmbio de Lideranças Setoriais da Indústria da Madeira, realizado nesta segunda-feira (29), na Federação das Indústrias do Paraná (Fiep). O Paraná foi escolhido para sediar o encontro pelas boas práticas do Sindicato da Indústria da Madeira de Imbituva (Simadi), convidado pelo Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA), da Confederação Nacional da Indústria (CNI), para apresentar seu case ao grupo.

O presidente do Simadi e vice-presidente da Fiep, Paulo Pupo, apresentou ao grupo algumas medidas que considera fundamentais para o desenvolvimento da indústria, entre elas a mobilização junto a governos estadual e federal pela desoneração fiscal, a exclusão do imposto sobre produtos industrializados (IPI) do compensado, desoneração do ICMS da energia elétrica, a volta do Sistema Geral de Preferências (SGP) – que permite que alguns setores de países em desenvolvimento exportem com redução ou até isenção da tarifa de importação – para a madeira compensada vendida para os Estados Unidos, e a recomposição do Reintegra – regime que permite o ressarcimento de tributos na cadeia de produção de exportadores. “Precisamos trabalhar pela defesa macro dos interesses da indústria para que haja alento”.

A central de compras criada pelo Simadi para seus associados foi uma das iniciativas apresentadas por Pupo. “Somos muitas empresas pequenas. Unidas, conseguimos negociar preços melhores”, explicou o presidente que também destacou a atuação conjunta dos industriais pela compra de madeira e posteriormente pela plantação de floresta para suprir o setor.

Outro exemplo de atuação bem sucedida de sindicato do setor foi apresentado pelo presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras e Moveleiras do Noroeste de Mato Grosso (Simno), Roberto Rios Lima, Estado que recebeu a primeira reunião do setor realizada pelo projeto de Intercâmbio do setor madeireiro. “Começamos com 38 associados e hoje temos 180 e, com isso, temos força de negociação. Em 2013, mobilizamos prefeitos e presidentes de câmaras municipais para conseguirmos melhorar as condições da BR-174, entre Juína e Colniza – um trecho de 230 quilômetros fundamental para nossa indústria. Com nossos esforços, conseguimos a liberação de R$ 4 milhões, que ficaram sob os cuidados do sindicato para a realização das obras, já finalizadas”, contou Lima.

A partir dos cases e da realidade de cada região do país, os industriais definiram metas e objetivos a serem trabalhados em conjunto, para o desenvolvimento do segmento. “No primeiro encontro, boa parte das lideranças não se conhecia. Foram então criadas redes de comunicação para que eles aprofundassem alguns temas e pudessem sair de Curitiba com metas de trabalho e um plano de ação, com tarefas para todos”, contou a gerente de Desenvolvimento Associativo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Camilla Cavalcanti.

O Intercâmbio de Lideranças Setoriais da Indústria da Madeira reuniu representantes de Tocantins, Goiás, Rondônia, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Pará, Mato Grosso, Ceará, Sergipe, Pernambuco, São Paulo, Minas Gerais, Alagoas, além dos sindicatos do Paraná.

Os Intercâmbios são realizados periodicamente, em diferentes Estados brasileiros. O setor é escolhido de acordo com as melhores práticas dos sindicatos. A iniciativa teve início em 2014, a partir de uma parceria entre a Confederação Nacional da Indústria, Federações de Indústrias de todo o Brasil e Sebrae, por meio do projeto Associa Indústria.

De acordo com o estudo de vendas industriais paranaenses – desenvolvido pelo departamento Econômico da Fiep – o segmento Madeireiro teve o segundo melhor desempenho no primeiro quadrimestre de 2015 no Paraná, em comparação a igual período de 2014, com crescimento de 9,9%.

Desde o primeiro Intercâmbio, em 2014, já foram realizadas 16 reuniões, de 15 diferentes indústrias.

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