SENAI planeja reformular o curso técnico de Biotecnologia

Comitê se reuniu em Curitiba e levantou as principais demandas do setor industrial para o profissional do setor

A expansão do curso é aguardada pelo setor industrial que precisa de mais ténicos

O Comitê Técnico Setorial Nacional de Biotecnologia do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), se reuniu em Curitiba para definir, de forma colaborativa, o novo perfil profissional dos alunos formados no curso técnico de Biotecnologia. Composto por representantes de indústrias, instituições e especialistas do SENAI do Paraná, Ceará, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, o grupo levantou as principais demandas do setor industrial para o profissional do setor. O objetivo é reformular o curso nos estados que já o oferecem e direcionar a implantação em novos locais.

O evento reuniu representantes da Braskem, Libbs, KMA, Confepar, Phoneutria, Ambev, BRF e Novozymes. Também participaram do encontro a Sociedade Brasileira de Biotecnologia, o Centro de Energia Nuclear na Agricultura da Universidade de São Paulo (USP), Ministério da Educação (MEC) e o Conselho Federal de Química (CFQ).

Segundo o especialista de Desenvolvimento Industrial do SENAI, Sandro Ormond, a indústria busca um profissional com formação abrangente. “O egresso do curso técnico em Biotecnologia do SENAI deve ser capaz de realizar análises laboratoriais, atuar na produção de bens e serviços, e participar na pesquisa, desenvolvimento e inovação de produtos e processos, sempre orientado pelas normas técnicas, de qualidade, de saúde, de segurança, meio ambiente e procedimentos de biossegurança e bioética”, explicou. “Além disso, é de suma importância manter nossos cursos atualizados, ouvindo as empresas, para atender constantes mudanças dos processos produtivo”, completou.

DEMANDA - Atualmente, o curso técnico em Biotecnologia é oferecido no Paraná, nas cidades de Curitiba, Londrina e Maringá, e em Minas Gerais. Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo serão os próximos estados a contar com o curso técnico para atender o setor. O representante da Libbs, indústria farmacêutica paulista, Marcelo Oda, destacou a carência de mão de obra na área. “Buscamos talentos nas universidades, mas também precisamos de mão de obra de nível técnico. Hoje, não encontramos esses profissionais. Esse curso, quando oferecido em São Paulo, pode ser a solução”, ressaltou.

Para o representante da Novozymes, multinacional dinamarquesa, Sidnei Saldanha, outra função do curso é qualificar os profissionais que já estão no mercado de trabalho. “Na Novozymes, incentivamos nossos colaboradores a fazerem o curso do SENAI. Conseguimos assim, profissionais mais críticos, capazes de atuar em diferentes setores da empresa”, explicou.

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