REPORTAGEM ESPECIAL: Educação é agente transformador e fator de competitividade

Novo patamar de competitividade do Brasil depende de maior qualidade da educação. Um desafio antigo que impacta diretamente na inserção dos brasileiros no mercado de trabalho, na produtividade da indústria e em sua capacidade de inovação. Confira na sétima reportagem da série sobre o Mapa Estratégico da Indústria 2018-2022

Guilherme investiu na carreira técnica e tem crescido profissionalmente

“Eu não chegaria a lugar algum se não tivesse acreditado no poder de mudança da educação e no meu potencial. Hoje sei que pobreza não define o rumo da pessoa, mas as suas escolhas, sim”. É assim que o especialista em robótica, Guilherme Mário da Silva, 22 anos, lembra de sua trajetória pessoal e profissional.

Nascido em Brasília Teimosa, bairro popular de Recife (PE), o pernambucano teve uma infância regrada. Fez o ensino fundamental na rede pública e, nas férias, ajudava o pai a vender frutas na rua. “Meu futuro sempre foi incerto. A única certeza que eu tinha era a vontade de melhorar de vida”, afirma.

Com o apoio da mãe, que dizia que “pobre só vai para frente com estudo”, em 2011, o adolescente dividiu-se entre o ensino médio e o curso técnico de Eletromecânica do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI).

Mesmo com essa formação concluída, insistiu nos estudos e, em 2013, conquistou novo diploma no SENAI, dessa vez de técnico em Automação Industrial. Para ele, a educação profissional era o caminho para um futuro melhor.

A aposta foi certa. No início de 2015, Guilherme conquistou seu primeiro emprego formal como eletricista em uma das empresas da Fiat Chrysler Automobiles (FCA), que acabava de ser inaugurada no município vizinho de Goiana (PE).

Em 2017, foi promovido a robotista, e o desejo de se qualificar e crescer profissionalmente apenas aumentou. “Quero concluir a faculdade de Engenharia Mecânica, dar uma vida melhor para minha mãe e construir uma família”, diz.

Guilherme é apenas um entre milhares de profissionais que têm suas trajetórias impulsionadas pelo acesso à educação. Em Goiana, com a chegada do polo automotivo, os exemplos são muitos. Cortadores de cana, catadores de marisco e outros trabalhadores que nunca tinham se imaginado em uma fábrica foram capacitados, conquistaram uma ocupação no setor industrial e tiveram sua realidade transformada.

Atualmente, segundo a Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, 42,3% dos trabalhadores formais do município atuam no setor automotivo, e o seu Produto Interno Bruto (PIB) per capita triplicou de 2012 para 2015.

De 2011 a 2015, a Fiat Chrysler Automobiles de Goiana (PE), em parceria com o SENAI e governo de Pernambuco, capacitou 8 mil trabalhadores da região. Guilherme da Silva, 22 anos, formou-se em técnico em Eletromecânica e em Automação Industrial e conquistou, na fábrica, seu primeiro emprego formal.

FATOR COMPETITIVIDADE - O caso de Goiana é um exemplo a ser seguido. De acordo com o Mapa Estratégico da Indústria 2018-2022, a educação é um dos fatores-chave para o que Brasil ganhe competitividade e cresça de forma sustentada. As empresas, por sua vez, devem ampliar o investimento em capacitação da mão de obra.

REPORTAGEM COMPLETA - Leia a matéria na íntegra no site do Mapa Estratégico da Indústria.

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