Muita gente já está no segundo ano de home office, devido à pandemia de Covid-19. Seja estudando ou trabalhando remotamente, passamos grande parte do dia na frente das telinhas e isso está afetando a nossa saúde. Sem falar das crianças, cheias de energia, presas dentro de casa.
A resposta para o bem estar está em uma alimentação equilibrada e em manter uma rotina de exercícios físicos.
Um estudo do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (Einstein) mostrou que não tem sido fácil ficar em forma: mais de 50% dos entrevistados reduziram a prática de exercícios durante a pandemia. Então, é importante ter ferramentas a mão para conseguir treinar em casa.
Aí que a galera da robótica pode ajudar. Os competidores da FIRST LEGO League Challenge (FLL), organizado pelo Serviço Social da Indústria (SESI) no Brasil, desenvolveram projetos inovadores e de fácil transporte para estimular a atividade física no conforto de casa ou em qualquer lugar.
Confira:
1. Amarelinha 4.0
A equipe SESI CLP, do SESI de Campo Limpo Paulista, em São Paulo, revitalizou uma das brincadeiras infantis mais antigas da história. A Open Challenge é uma amarelinha interativa que possui luzes led, sistema de som e painel de controle para ajustar o nível da brincadeira, aumentando a interatividade e melhorando a experiência das crianças.
Destinado para crianças de 3 a 8 anos de idade, os aparatos tecnológicos atraem a atenção e a curiosidade desta faixa etária. De acordo com os estudantes, essas crianças possuem fácil acesso à smartphones e tablets e se tornam inativas fisicamente.
O painel de controle do Open Challenge sorteia as fases da brincadeira: a primeira fase consiste em pular com apenas um pé, a segunda permite a utilização de ambos os pés e a terceira fase é mista. As luzes led substituem a pedrinha do jogo tradicional, ou seja, a casa em que as luzes acendem não pode ser pisada!
O aparelho foi idealizado em formato de cubo para ocupar pouco espaço e facilitar a locomoção, permitindo assim a prática em qualquer lugar.
2. Leve a sua academia... na mochila!
Com o intuito de oferecer opções práticas e de fácil acesso para que pessoas se exercitem em qualquer local, a equipe Biotech, do SESI de Barra Bonita, em São Paulo, criou a Move Bag. A mochila multifuncional possui elásticos e pequenos adereços que servem para uma grande variação de exercícios para trabalhar os grupos musculares, melhorar a mobilidade e a flexibilidade articular.
Além disso, o acessório é 100% sustentável, produzido a partir de materiais reaproveitados, como banners (lonas vinílicas) e cintos de segurança para as alças, evitando assim o desperdício de matéria prima e a poluição do meio ambiente com resíduos sólidos.
Para melhor aproveitamento da Move Bag, um guia com três programas de treinamento e sugestões de exercícios físicos acompanham o acessório.
3. 24 facetas de um só Brinkubo
A equipe Elev3r, de estudantes do SESI de Vilhena, em Rondônia, perceberam que as crianças foram um dos grupos mais afetados pelo isolamento social. Segundo os estudantes, a inatividade física torna as crianças mais suscetíveis a comportamentos prejudiciais, que podem provocar problemas crônicos de saúde na idade adulta.
Por isso, eles desenvolveram o Brinkubo, um conjunto de 24 brincadeiras e desafios distribuídos em um cubo para serem realizados em casa. Os jovens selecionaram atividades simples para que as crianças possam se divertir sozinhas, mas que também possa contar com a participação de outros familiares.
Brincadeiras como pega-pega, estatua, dança das cadeiras, morto-vivo e desafios como polichinelo, corrida parada, agachamento e abdominal com as pernas são algumas das atividades que compõem as faces do Brinkubo.
A equipe ainda desenvolveu um site como suporte para o cubo, onde as crianças encontram novos passatempos para baixar e orientações de como as atividades funcionam. Além disso, o site disponibiliza instruções para a confecção do cubo com materiais recicláveis.
4. A inclusão anda de SkateUP
Os esportes são ótimas ferramentas de integração social e a comunidade skatista é famosa por ser receptiva e inclusiva. Preocupados com crianças com Síndrome de Down, a equipe Carvoeiros Robots, do SESI SENAI de Criciúma, em Santa Catarina, criou o SkateUP: Suporte Adaptável para o Skate.
A estrutura do suporte é de PVC e se assemelha a um andador, conectando-se ao skate por meio de elásticos extensores. O usuário utiliza uma cinta sustentável, feita a partir de retalhos de jeans, que é fixada à estrutura por meio de elásticos, garantindo maior segurança ao utilizar o equipamento.
Com o SkateUP, crianças e adolescentes com Síndrome de Down realizam uma atividade física que propicia o fortalecimento dos músculos dos membros superiores e os incentiva a serem mais ativos!
5. Jogue vôlei em qualquer lugar!
A proposta da equipe X-Force, do SESI de Bauru, em São Paulo, levou em conta a Associação Vôlei Bauru. Isso porque praticar a atividade depende de uma estrutura mínima. Além da bola, é preciso ter rede e mastro, que não são de fácil transporte devido ao volume e peso.
A equipe então criou o Volleyball For Everyone, um kit composto por bola, rede e dois mastros reguláveis de Bambu do tipo Guadua angustifolia. Desta forma, com a regulagem de altura dos mastros, qualquer pessoa pode jogar vôlei e a leveza do bambu possibilita o fácil transporte, aumentando, assim, a prática do esporte com mais frequência e em qualquer lugar.
6. Conheça o Smart BROS
Os estudantes do SESI SENAI de São Gonçalo do Sapucaí, em Minas Gerais, que integram o time Lego Bros MG, investiram em apetrechos tecnológicos. Os jovens desenvolveram o Smart BROS, um aparelho de ginástica inteligente que se conecta ao aplicativo para seleção dos jogos.
O aparelho consiste em um tablado de quatro botões coloridos que devem ser pressionados, por meio de socos e chutes, de acordo com a sequência do jogo selecionado. O aplicativo tem um sistema de perfis e o usuário acessa jogos com níveis diferentes de dificuldade. Para evitar lesões, o app explica a forma correta de cumprir as atividades, além de disponibilizar rotinas de aquecimento, alongamento e meditação.
Os usuários ainda têm a opção de realizar partidas amistosas individuais ou por equipes. Para motivar a prática de exercícios, os jogadores podem visualizar a evolução ao final dos treinos e o app disponibiliza um sistema de ranking entre os usuários e envia lembretes para estimular o jogador.
Embora o Smart BROS tenha sido desenvolvido para o ambiente de trabalho, com o intuito de tornar os funcionários mais ativos fisicamente, diminuir o estresse e aumentar a qualidade de vida, nada impede que ele seja usado em casa.
7. App guia pessoas com deficiência visual para treinos seguros
A deficiência visual não precisa mais dificultar o exercício físico. Essa é a promessa do Guided Exercise, aplicativo desenvolvido pela equipe Destroyers, do SESI de União da Vitória, no Paraná.
O aplicativo usa inteligência artificial e autodescrição detalhada para oferecer explicações de exercícios físicos a pessoas com qualquer impedimento visual. Ao ser utilizado na versão Home (casa), o usuário poderá escolher treinos sem a utilização de aparelhos, o que pode oferecer mais conforto devido a familiaridade do espaço e os tornará mais ativos fisicamente.