Na última sexta-feira (9), em Bogotá, o Brasil assinou com a Colômbia acordo para zerar as tarifas de importação no setor automotivo a partir de 2018 e acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos, para proteger os investidores. No entanto, uma parte do comércio entre os dois países ainda enfrenta barreiras tarifárias e não-tarifárias, com um maior prejuízo para as exportações brasileiras. Atualmente, 94% dos produtos vendidos pela Colômbia entram no Brasil com tarifa zero. Mas só 61% das exportações brasileiras para nossos vizinhos estão isentas de impostos. Há diversos motivos que levam o Brasil a querer ampliar seu acordo com a Colômbia. Confira alguns:
1. Bom desempenho do PIB
A Colômbia mantém crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) bem superior ao da maioria dos países da América do Sul. A previsão é de alta de 3% em 2015, enquanto no Brasil ele deve cair 1,5%, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI). O crescimento econômico gera empregos e fortalece a economia do país. (Fonte para o gráfico: FMI)
2. Importações continuam em alta
A Colômbia é o segundo país da América do Sul que mais importa. Segundo a CNI, o Brasil pode aproveitar essa oportunidade para vender mais para o país vizinho. Entre os setores industriais com maior potencial, estão: automóveis, produtos químicos, máquinas e equipamentos, produtos alimentícios e produtos farmacêuticos.
3. Um dos principais destinos das empresas brasileiras
Com 25 multinacionais brasileiras instaladas na Colômbia, o país é o quarto mais atrativo para os investidores brasileiros, perdendo apenas para Estados Unidos, Argentina e México. Segundo dados do Banco Central colombiano, o Brasil tem R$ 2 bilhões investidos em setores diversificados como plástico e químicos, petroquímicos e alimentos. (Fonte para o gráfico: Fundação Dom Cabral)
4. Ampla rede de acordos comerciais
Na última década, a Colômbia aumentou sua rede de acordos comerciais com países e blocos. Atualmente, eles representam 53,1% das importações mundiais e envolvem serviços, investimentos, barreiras técnicas e compras governamentais. Ao contrário do Brasil, a Colômbia possui acordo com União Europeia, Estados Unidos, Canadá, Comunidade Andina, Efta (Associação Europeia de Livre Comércio), Caricom (Comunidade do Caribe), Costa Rica, Panamá e Nicarágua.