9 robôs incríveis da temporada 2022/2023 da robótica pra você se inspirar

O mundial da FIRST reuniu os mil melhores robôs do mundo e nós fomos atrás das tecnologias e estratégias inovadoras utilizadas em cada uma das três modalidades: FLL, FTC e FRC

Um desafio, centenas de ideias. A cada temporada, os robotiquers apostam em diferentes estratégias e tecnologias para montar o seu robô. Velocidade, peso, tamanho, modelagem, acessórios, sensores, tipo de programação... cada detalhe impacta o desempenho na hora da competição. E como essa temporada foi acirrada! 

A Agência de Notícias da Indústria buscou três robôs, nacionais e internacionais, de cada categoria que se destacaram na temporada Energize pra você se inspirar. Se você é daqueles que não entende nadinha de programação e engenharia, calma... a gente traduz o que passa na cabeça - e nas mãos habilidosas - dos robotiquers. 

Veja também: Gestão da InovaçãoLei Geral de Proteção de DadosInflação; Logística reversaDesmatamentoProfissões do futuro;

🤖 FIRST ROBOTICS COMPETITION (FRC) 

Nessa categoria, os alunos constroem e programam robôs de porte industrial, que chegam a 55 kg e têm mais de 1,5 metro de altura. Para você ter uma ideia do quanto os robôs desta temporada mandarem bem, a FIRST alterou a regra no mundial, permitindo que as alianças colocassem mais de um elemento (cone ou cubo) na grade – as equipes estavam alcançando a pontuação máxima e eles precisaram abrir a possibilidade para eles fazerem mais pontos 🤷🏽‍♀️. 

1) 💡 1156 Under Control – Rio Grande do Sul, Brasil 

O ponto forte do robô dessa equipe, batizado de Archon, é o tamanho. A equipe construiu o robô com o chassi (base) menor que o padrão, pensando no desafio final do equilíbrio na plataforma, para caberem os três robôs da aliança na Charge Station. O tamanho também influencia no centro de gravidade: um robô mais compacto tem menos chances de tombar. 

Outra estratégia utilizada foi jogar a partida fazendo pontuação com cubos no meio e cones no alto, na maioria das vezes, por acreditarem que movimentos mais simples aumentam a agilidade do robô.  

OBS.: O Archon fez história na robótica no Brasil porque foi o primeiro robô brasileiro a classificar em 6º lugar na divisão no mundial e passar para os playoffs. Sucesso! 😉 

2) 💡 1690 Orbit – Binyamina, Israel  

Também com um robô compacto, leve e um centro de gravidade mais baixo possível, a equipe Orbit teve como diferencial uma esteira central com uma extensão curta de roldanas para deslizar e sugar para dentro do chassi os cones e cubos – a mesma extensão lançava os cubos para a plataforma onde eles deveriam ser depositados.  

Além disso, o robô Dexter tinha um braço bem articulado, que fazia um movimento parecendo um pêndulo. Assim, eles conseguiam alcançar pontuação de duas formas: por meio da garra, que capta os itens e leva-os até a grade, ou do arremesso dos cubos, movimento que lembra um lance livre de basquete. E... cesta!  

Não entendeu? Dá um play aí! 👇 

3) 💡1678 Citrus Circuits  - Califórnia, Estados Unidos 

Indo para Califórnia, temos o robô da Citrus Circuits, equipe que foi campeã mundial em 2015 e sempre atrai muitos olhares. O robô desta temporada, o Tangerine Tumbler, é bem diferente dos dois anteriores. Na verdade, ele é bem diferente de, sei lá, 98% dos robôs da temporada. A equipe levou a premissa criatividade na máxima e desenvolveu uma forma de subir na plataforma não pela base, mas pelo braço. Sim, temos um robô praticante de calistenia! 

Olhando o Tangerine parado, ele parece simples, mas é só o ver em ação na arena pra entender que é diferente mesmo. Ele ativa o modo escavadeira, e, a partir de dois rolos giratórios que aspiram os cubos e cones, ele expande um braço e coloca os cones e cubos no lugar. 

Quer ver mais detalhes? 🦾 

🎮 FIRST Tech Challenge (FTC) 

Na FTC, os robôs têm até 19kg e são construídos a partir de um kit de peças reutilizáveis, tecnologia Android e uma variedade de níveis de programação.  

4) 💡 16786 Cavalo Vendado – Rio Grande do Sul, Brasil   

Para realizar a função de pegar os cones, a Cavalo Vendado fez um sistema de elevação com três níveis, utilizando corrediças telescópicas, aquelas mesmas utilizadas para a abertura de gavetas. Além disso, as garras rotacionam, têm formato de copo para melhor encaixe e são revertidas com balão para dar mais aderência. Não à toa, eles foram o time capitão da aliança vencedora no Festival SESI de Robótica, o que os classificou para o mundial. 

Entenda como funciona! 👇 

5) 💡 15637 Fata Morgana – Ramat HaNegev, Israel   

Israel também é destaque na categoria FTC. O diferencial do Scorpion, robô da equipe Fata Morgana, é captar cones de todas as direções - e, o melhor, dois cones por vez. Graças a uma garra em um dos dois braços articulados, que repassam o objeto de um para o outro. O braço também tem um mecanismo que desvira o cone para a posição correta de encaixe. Ah, o robô conta ainda com uma “régua” abaixo do braço, que controla a posição do cone e garante o encaixe certinho na hasta. Uma solução simples e inteligente, como toda inovação deve ser. 

Muita informação, né? Dá uma olhada aqui embaixo pra ver como funciona! 

6)💡 14374 Dark Matter Robotics – Louisiana, Estados Unidos   

Depois do robô da calistenia, nós temos um robô bailarino, que mais parece dançar na arena. O Lil' Chonk, da equipe Dark Matter, apostou na velocidade. Com uma base giratória, o robô faz movimento 360° e anda em todas as direções. Diferente das outras invenções que vimos até aqui, esse não tem garra, ele capta os cones como uma empilhadeira, o seu formato de torre desliza na vertical e pontua no topo. 

Gostou? Vem pra pista 💃🏽!  

⚙️ FIRST LEGO League Challenge (FLL) 

Nessa categoria, os estudantes constroem robôs feitos de peças de LEGO, que devem cumprir uma série de atividades em uma mesa. 

7) 💡 SESI CLP - São Paulo, Brasil   

O diferencial desse robô é o trasp battery, sistema em que o equipamento se abre ao meio para facilitar nas trocas de baterias, o que ajuda a equipe a ser mais ágil durante os rounds com sete trocas de anexos. 

O time também criou a pirâmide CLP, um método dividido em três áreas. Primeiro, elas mapeiam para decidir onde cada anexo será usado na mesa. Depois, dividem a mesa por cores para organizar e, por fim, marcam o tempo de cada saída do robô da mesa. 

Confira o funcionamento de um dos anexos! 👇 

8) 💡 Silent-X Assassins – Penang, Malásia 

A aposta desse robô é ser mais compacto. Para realizar as missões da mesa, a equipe também utilizou a estratégia de trocar de anexos ao longo da partida. Portanto, o robô tem uma base fixa e seis anexos em formato de pás carregadeiras, traves de proteção ou garras. 

Dá uma olhadinha! 😉 

9) 💡 FSINGENIUM - Sarriguren, Espanha   

Aqui, é como se a equipe utilizasse três robôs diferentes ao longo da partida. A aposta foi em uma estrutura robusta, mas os anexos realizam movimentos rápidos e bem coordenados, como uma linha de montagem industrial de LEGO. O robô é composto de braços, esteiras, traves e trena, que se revezam para cumprir as missões da mesa. 

Confira de pertinho como funciona! 😎 

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Veja também: Metrologia, Empreendedorismo, Resíduos Sólidos, Startup, Profissões do Futuro, Indústria 4.0

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