8 projetos inovadores criados por estudantes do SESI e do SENAI

Sapato e boné com sensores que avisam às pessoas cegas sobre obstáculos e chuveiro que controla o tempo do banho são algumas das inovações que estão expostas na Mostra de Ciências e Engenharia da Olimpíada do Conhecimento

Tecnologias de ponta de cidades inteligentes e inovações no ensino de crianças e adolescentes estão presentes na Olimpíada do Conhecimento. O evento segue até domingo (8), em Brasília, e apresenta, também, 48 projetos em desenvolvimento por alunos do Serviço Social da Indústria (SESI) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI. A mostra tem como objetivo incentivar a aprendizagem em ciências, tecnologia, engenharia, artes, design e matemática, por meio de projetos científicos e de engenharia dos alunos do SESI da Educação Básica articulada com a Educação Profissional do SENAI (EBEP) para fortalecer a cultura científica da inovação e do empreendedorismo. 

Na Olimpíada do Conhecimento, os trabalhos dos 48 times, formados por três alunos e dois professores orientadores de 22 departamentos regionais do SESI, estão sendo analisados por uma equipe de especialistas da Universidade de São Paulo (USP). Eles fornecerão orientações técnicas para melhoria dos processos com base na metodologia científica de engenharia. Conheça alguns desses projetos pra lá de inovadores:

1. Chuveiro programável

Um aplicativo regula o tempo do banho, que é programado pelo usuário. Quando o tempo acaba, a temperatura da água muda e a pessoa percebe que está na hora de desligar o chuveiro. O projeto desenvolvido por estudantes da Educação Básica articulada com a Educação Profissional (EBEP SESI/SENAI) dos cursos de Eletrotécnica e Química, de Aparecida de Goiânia, em Goiás, contribui para a redução do consumo de água e de energia.

2. Sapato Sensor: A independência dos deficientes visuais

Alunos do ensino médio do SESI de Fortaleza desenvolveram um sensor que é colocado na frente do sapato. Quando a pessoa com deficiência visual se aproxima de um obstáculo, um dispositivo conectado ao sensor emite sinais sonoros para alertá-la do risco de acidente.

3. Boné sensor

O Projeto Vendo o Mundo Diferente, exposto na Mostra de Ciências e Engenharia da Olimpíada do Conhecimento, é um boné com sensor. A ideia dos alunos dos cursos de eletrotécnica e mecânica da EBEP de Anápolis, em Goiás, foi elaborada com o uso de um sensor de ré de carro e com peças usadas de celular.

O sensor fica na aba do boné e emite uma vibração, igual a de um aparelho celular, para alertar a pessoa cega sobre algum risco, evitando assim o choque da cabeça com paredes, colunas, postes e outros tipos de barreiras que podem não ser evitadas, com o uso de bengala.

4. Copos descartáveis que viram objetos de decoração

O material reciclável é transformado em massa modelável que pode ser usada para fazer vários objetos, como vaso de planta. O projeto foi desenvolvido por alunos do EBEP, do Amapá, do curso técnico de informática.

5. Trufas Futricítricas

A ideia surgiu por causa da resistência de algumas crianças em consumir alimentos ricos em vitamina C e remédios. As trufas com sabores de laranja, de limão e de morango foram feitas com o suco e raspas das frutas, chocolate meio amargo e açúcar demerara, que é mais saudável. Os produtos para crianças com carência de vitamina C foram elaborados por estudantes dos cursos de Eletrotécnica e de segurança do trabalho, do EBEP, em Fortaleza, no Ceará.

6. Cadeira de rodas para crianças e adolescentes

O modelo desenvolvido pelos estudantes do curso técnico em administração do EBEP, em Gurupi, Tocantins, é mais leve e fácil de desmontar e montar, porque tem parafusos do tipo borboleta que dispensam o uso de ferramentas. Além disso, tem colchão piramidal, conhecido como caixa de ovo, que estimula a circulação sanguínea do cadeirante, revestido de tecido de algodão, mais fresco e lavável.

7. Filtro de fumaça

O filtro para escapamento de rabetas, que são motores de barcos e de canoas, é feito com a reutilização do caroço do açaí. A ideia dos alunos do curso de técnico em informática do EBEP do Amapá surgiu para reduzir a poluição do ar nas comunidades ribeirinhas, provocada pela grande quantidade de embarcações velhas que espalham muita fumaça no ar.

8. Filtro ecológico: uma possibilidade de eliminar poluentes do chorume

Os jovens do curso técnico em administração do EBEP, em Gurupi, no Tocantins, focaram na pesquisa de uma solução para o chorume, líquido que escorre do lixo e contamina o solo. Eles desenvolveram um filtro, elaborado com carvão feito do coco do babaçu, areia lavada, areia fina e pedra canga, que é porosa e comum na região. O produto filtra o chorume, que se transforma em líquido transparente e com pouco odor, podendo ser usado na irrigação de propriedades rurais. 

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