Novas tecnologias de saúde conquistam público na Olimpíada do Conhecimento

Imobilizador anatômico e biodegradável, pulseira que ajuda a localizar pacientes com Alzheimer e robô que ajuda no tratamento foram apresentados no Centro de Saúde

O robô Nao interage com pacientes oferecendo orientações para o tratamento de doenças

Um robô que ajuda pessoas no tratamento de doenças, um imobilizador biodegradável e anatômico que substitui o gesso e o sistema de localização de pacientes com Alzheimer estão entre as atrações que conquistaram o público no Centro de Saúde na Olimpíada do Conhecimento. O evento, realizado pelo Serviço Social da Indústria (SESI) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), vai até domingo (8), em Brasília.

Para a aluna do Centro Educacional de Ensino Médio Integrado do Cruzeiro Ester Virgília, 16 anos, conhecer as novas tecnologias em saúde é importante para ela, já que quer cursar faculdade de Medicina. “Sou estudante do curso técnico de Eletrotécnica e aqui pude unir duas áreas de interesse: robótica e medicina”, disse. Ela gostou tanto dos robôs quanto do imobilizador anatômico e biodegradável. “Lembrei-me dos meus irmãos que, na infância, viviam agoniados com o gesso, querendo coçar ou molhar, sem poder”, lembrou Ester.

O imobilizador, desenvolvido pela startup Fix It, do Rio Grande do Norte, é 100% nacional, está há oito meses no mercado e é fabricado em impressoras 3D. O material usado para fabricação da tecnologia é um plástico biodegradável, feito a partir do bagaço da cana de açúcar, milho e beterraba. Segundo Jheimisson Sampaio, representante da área comercial, a tecnologia está sendo bem recebida pelos médicos e sociedade e já há procura em outros países.

“Temos órtese para o punho, dedo, rizartorse (osso próximo ao polegar) e calha para três ou quatro dedos”, informou Sampaio. “Já estamos desenvolvendo imobilizadores para as regiões do joelho, tornozelo e toda a extensão do braço.”

Um dos sócios da Fix It, o fisioterapeuta Felipe Neves destacou que o imobilizador é renovável. “A pessoa pode guarda-lo e remodela-lo em até quatro vezes”, explicou.

O imobilizador, desenvolvido pela startup Fix It, do Rio Grande do Norte, é 100% nacional, está há oito meses no mercado e é fabricado em impressoras 3D

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL – O estudante do Centro Educacional 16 de Taguatinga Norte Daniel Oliveira, 13 anos, gostou do robô Nao, que interage com pacientes oferecendo orientações para o tratamento de doenças. O Brasil foi o primeiro país da América Latina a trazer a base de conhecimento brasileira para a tecnologia, que é de origem japonesa. “Com esse robô, as pessoas terão informação para tratar doenças”, disse.

A Pulseira Guardian, para localização de pessoas com Alzheimer, desenvolvido por alunos do SESI Jundiaí, em São Paulo, também chamou a atenção de Daniel, que desafiou: “O sistema é bacana, mas e se a pessoa esquecer a pulseira?”

Os alunos que desenvolveram o sistema, que foi premiado em um torneio internacional de robótica em 2013, reconheceram que isso pode ocorrer, mas não inviabiliza o interesse pela tecnologia. “Essa pulseira poderá ser usada por crianças, para que não se percam dos pais, e pessoas com autismo. Estamos verificando o interesse de empresas para comercializá-la”, destacou Leonardo Duarte, 17 anos, aluno do 2º ano do ensino médio da Educação Básica Articulada com a Educação Profissional SESI-SENAI de Jundiaí.

“Se a pessoa monitorada sai do perímetro determinado no sistema, logo é enviada mensagem de SMS alertando os responsáveis”, explicou o colega Caio Melo, 16 anos.

A pulseira Guardian, para localização de pessoas com Alzheimer, foi desenvolvida por alunos do SESI

A professora Neidja Maciel, do Centro Educacional 1 da Estrutural, ficou encantada com as tecnologias e contou que os alunos do 4º e 5º ano ficaram entusiasmados com tantas novidades. “Para eles, tudo isso é novo. Há crianças aqui que a tecnologia mais avançada que têm contato é a televisão. Estar neste ambiente estimula a criatividade e traz uma visão mais ampla do mundo para eles”, elogiou.

SAIBA MAIS
10º edição da Olimpíada do Conhecimento
5 a 8 de julho de 2018
Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), próximo à ponte JK
Entrada gratuita

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