6 unidades móveis do SENAI que podem surpreender você

Onde não existe uma unidade fixa, o SENAI leva a educação profissional sobre rodas

O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) tem escolas espalhadas por todas as regiões brasileiras. Onde não existe uma unidade fixa, o SENAI leva a educação profissional sobre rodas. Estamos falando das mais de 300 unidades móveis com diferentes opções de cursos e capacitações. E se não há estradas, os cursos do SENAI chegam de barco. Conheça algumas dessas unidades que levam os cursos para perto dos alunos:

1. Um trator dentro da sala de aula

É o que encontram os alunos da Unidade Móvel de Manutenção de Máquinas Agrícolas do SENAI de Goiás. O trator NewHolland, modelo T7240 HP, completo para estudo de última geração, é a principal atração. Além da máquina, a unidade tem diversos recursos tecnológicos, como simuladores de hidráulica e pneumática, de ar condicionado e de elétrica agrícola.

A unidade já passou pelas cidades de Goianésia, Carmo do Rio Verde, Cidade de Goiás e Bom Jesus. Professor da escola móvel, Luiz Alberto Batista diz que os equipamentos da unidade são uma vantagem para os estudantes. “Estamos acompanhando a evolução das novas tecnologias em todas as áreas, seja sucroalcooleira ou na extração de minério, por exemplo. Essa é a grande vantagem. O aluno sai atualizado com o que há de mais moderno”, explica.

2. Estudando em um frigorífico, ou quase isso

Começou a funcionar agora há poucos meses, no Espírito Santo, a Unidade Móvel Frigorífica. Ela possui toda tecnologia para preparar profissionais que vão trabalhar com carnes bovinas, suínas, caprinas, ovinas e aves. Os alunos aprendem desde a anatomia animal para o corte até o processamento de embutidos e carnes especiais.

A unidade é utilizada no atendimento de profissionais e futuros contratados dos frigoríficos. O gerente das unidades móveis no estado, Leonardo Leal, explica que o setor enfrenta dificuldades e, por isso, o SENAI decidiu apoiar a capacitação da mão de obra. “A intenção é melhorar a produção e deixar essas empresas mais competitivas em relação a outros estados. É uma unidade que vai até as empresas, que em geral ficam mais afastadas dos grandes centros”, diz.

3. A maior unidade móvel da América Latina

Inaugurada em abril de 2015, a Unidade Móvel de Manutenção de Colhedoras de Cana do SENAI de São Paulo é composta por duas carretas que, acopladas, formam uma estrutura com sala de aula, laboratórios e núcleos destinados a ensinar a fazer manutenção das diferentes partes do equipamento. Nos laboratórios é possível estudar todas as partes que compõem uma colhedora de cana e conhecer os sistemas hidráulico, mecânico e elétrico. O aluno também é capacitado para fazer reparos emergenciais.

Quando acopladas, as duas carretas podem atender, simultaneamente, até duas turmas com 14 alunos em cursos de formação profissional como Auxiliar de Climatização de Automóveis, Eletricista de Máquinas Agrícolas, Mecânico de Máquinas Agrícolas e Eletro-hidráulica de Máquinas Agrícolas.

4. A tecnologia do futuro também anda sobre rodas

Desde 2012, o SENAI de São Paulo conta com cinco Unidades Móveis de Nanotecnologia. Ciência que trabalha com produtos de dimensões de átomos ou moléculas, a nanotecnologia é amplamente utilizada pela indústria em várias cadeias produtivas. O objetivo dessas escolas móveis é disseminar os conceitos de nanotecnologia, capacitar profissionais e fornecer informação tecnológica a alunos de todos os níveis de ensino, do fundamental ao superior. É um projeto único no mundo para o ensino, a capacitação, a divulgação e a informação sobre o tema.

Denominada Nanomundo, cada unidade tem design futurista e infraestrutura de hardware e software que promovem interação entre o público e os materiais informativos. As unidades possuem, por exemplo, microscópios eletrônicos de varredura, que ampliam até trinta mil vezes o objeto de estudo, além de microscópios ópticos e analisadores de partículas. Há também telas interativas, jogos, peças de mostruário e experimentos que auxiliam o visitante a entender a aplicação dos conceitos da nanotecnologia no cotidiano.

5. Mão de obra para o setor de mineração

Ao entrar na Unidade Móvel de Máquinas Pesadas do SENAI de Minas Gerais, o aluno aprende a controlar uma escavadeira hidráulica, uma pá carregadeira e um caminhão articulado. Como isso acontece? É que a unidade tem simuladores que imitam as condições reais de operação desses equipamentos. São simuladores voltados a atender demandas do setor de mineração e das áreas de infraestrutura em geral nas quais máquinas pesadas são utilizadas.

Inaugurada em 2014, a unidade já passou pelas cidades de Santa Bárbara, Barão de Cocais, Ouro Branco, Itabira e Paracatu. Quando a carreta passou por Itabira, o professor de Informática Wellington Souza Soares, 20 anos, aproveitou a oportunidade. “Sempre tive interesse na área de máquinas pesadas e aprender com a ajuda de um simulador foi muito bom. A teoria é uma coisa, mas o simulador mostra a realidade pra gente. Dá impressão de que você está na área de trabalho”, comenta.

6. Educação profissional que chega navegando

Desde 1979, o barco Samaúma I navega pelos rios da região Norte do Brasil. De lá pra cá, o barco escola já capacitou mais de 50 mil pessoas em cursos como Pedreiro, Mecânico de Motocicleta, Informática e Padeiro. A unidade tem parcerias com Petrobrás, Sebrae, Amanco, Schneider, além de prefeituras.

O coordenador geral do Samaúma I, Saulo Ramos Guimarães, explica que o barco muitas vezes é a única opção que as pessoas têm para aprender uma profissão. “São cidades distantes da capital e que têm apenas ensino fundamental e médio. Sem profissão, seus moradores vão para a pesca ou a agricultura, mas com o barco, essa história tem outro final”, diz.

O Samaúma I acaba de passar por uma reforma e, atualmente, está no Amapá. Depois segue para o arquipélago de Bailique, na foz do Rio Amazonas, e encerra 2016 na capital Macapá. E esse não é o único barco: a iniciativa fez tanto sucesso que, em 2014, a região Norte do país ganhou o Samaúma II, com outros cursos diferenciados e capacidade para atender 3 mil alunos por ano.

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