Toda empresa almeja ter um ambiente seguro e saudável em que funcionários estejam satisfeitos e sejam mais produtivos. Imagine tudo isso acompanhado de outros benefícios como a percepção positiva da empresa pelos trabalhadores e comunidade e a retenção de talentos?
A Agência CNI de Notícias conversou com cinco representantes de indústrias de todas as regiões do Brasil e perguntou como que os serviços desenvolvidos em parceria com o Serviço Social da Indústria (SESI) têm ajudado seus negócios a serem melhores. Confira as respostas na lista abaixo:
1. Qualidade de vida no trabalho
A construtora Pontal Engenharia, de Goiânia, sempre desejou ter práticas de responsabilidade social no ambiente de trabalho, mas não sabia como fazer isso de forma organizada e sistematizada. Com a parceria do SESI, que desenvolveu um plano de ação em segurança e saúde no trabalho e promoção da saúde adequado às necessidades da construtora, a Pontal passou a oferecer aos trabalhadores ginástica laboral, massagens rápidas e micro-pausas durante o expediente, entre outros.
Para o diretor-executivo da Pontal Engenharia, Ivo Corrêa Faria, a parceria de mais de 10 anos com o SESI foi fundamental para melhorar a qualidade de vida e o bem-estar dos trabalhadores no ambiente de trabalho. Essa interação também possibilitou a criação de novos serviços pelo SESI, como o programa De Olho na Postura, que foi vencedor do Edital de Inovação para a Indústria, em 2011. Ele pode ser replicável em qualquer indústria e visa a readequação postural nos postos de trabalho. “Os profissionais passaram a gostar mais de trabalhar na empresa, porque ela investe nesse ambiente mais seguro e saudável”, afirma o diretor.
2. Sem medo de inovar
Ao término de uma reunião com o SESI, em que apresentou um novo método de ensinar biologia, o vice-presidente de Assuntos Coorporativos e Sustentabilidade da Novozymes, Pedro Luiz Fernandes, ficou muito animado com a recepção da novidade. “Em momento algum os especialistas do SESI colocaram qualquer obstáculo. Todos, sem exceção, estavam com a mente super aberta, pensando em uma maneira diferente de usar a educação digital”, afirma.
A empresa, uma multinacional dinamarquesa que fabrica enzimas e microorganismos para indústrias, resolveu aliar a literatura à tecnologia para estimular a vontade de crianças e jovens de aprender biologia. Para pensar no aspecto pedagógico do projeto, a Novozymes queria contar com a expertise do SESI, que tem uma das maiores redes de educação do Brasil, com 583 escolas em todos os estados e no Distrito Federal. “Além disso, enquanto outras escolas refutam em usar celulares e tablets, o SESI viu uma oportunidade de fazer algo diferente utilizando a educação digital”, completa Fernandes.
Ao todo, foram produzidos três livros aplicativos com contos clássicos da literatura mundial que abordam temas como erradicação da fome e da pobreza e acesso à água limpa e saneamento básico. Os conteúdos ainda são multidisciplinares, porque permite o uso por professores não apenas de biologia, mas de outras disciplinas como literatura e espanhol, já que os aplicativos estão disponíveis em três idiomas diferentes. O projeto de educação visa mostrar o potencial da biologia a um milhão de pessoas, como um dos objetivos globais da empresa.
3. Trabalho é lugar de aprender
Para a fabricante de moda íntima feminina Dilady, do Ceará, a parceria com o SESI tem agregado valor tanto para a empresa quanto para a comunidade. Desde 2014, investe em cursos de educação continuada, que ajudam a melhorar o desempenho e a produtividade dos colaboradores. Entre os temas abordados estão conteúdos que aprimoram a liderança, os processos ou ensinam informática básica aos estudantes. “Os resultados são satisfatórios em relação a treinamentos, assiduidade do pessoal e desenvolvimento da equipe”, ressalta o diretor Administrativo Financeiro, Juliano Pereira.
Além disso, para trabalhadores que não conseguiram concluir a educação regular, o SESI oferece a Educação para Jovens e Adultos (EJA), que dá a oportunidade de pessoas com 15 anos ou mais terminar os estudos em um tempo reduzido, com metodologias adequadas à faixa etária e com conteúdo sintonizado ao segmento industrial dos trabalhadores.
A Dilady disponibiliza auditório e material para que seus funcionários e dependentes participem das aulas oferecidas pelo SESI. A iniciativa tem sido um sucesso e neste mês será formada a quarta turma da modalidade pela empresa, sendo que cada uma conta com uma média de 30 alunos. É um resultado expresivo, levando em consideração que as empresas têm funcionários de vários níveis de escolaridade.
4. Prevenção que dá frutos
Uma indústria, seja ela qual for, passar mais de 15 anos sem nenhum caso de doença ocupacional é motivo de orgulho. No caso da Brudden da Amazônia, de Manaus, esse recorde é ainda maior. Desde 2001, a empresa não registra afastamentos por doenças ocupacionais. Segundo a gerente-administrativa, Maria Keiko Furuie, a parceria com o SESI tem sido essencial para o resultado. “O trabalho com o SESI também vale muito à pena porque não há caso de reclamação trabalhista ligada à segurança do trabalho”, conta.
Quando Maria e seu marido chegaram a Manaus para abrir a empresa, já sabiam da importância de ter Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO). Na época, procuraram o SESI por acreditar que a instituição é a mais confiável por trabalhar diretamente com o setor industrial. E assim que começou, em 2001, a parceria que perdura até hoje. Além da elaboração dos programas necessários, eles ainda contam com assessoria e acompanhamento dos planos de ação estabelecidos. Fato que gera uma segurança de que as medidas estão sendo seguidas à risca.
Outro aspecto levantado pela diretora é o aspecto ergonômico. Nesse caso, a equipe formada por psicólogos e especialistas em segurança do trabalho do SESI faz um levantamento de todos os postos de trabalho da empresa e aponta melhorias, que também são cumpridas pela empresa. O SESI também dá treinamento a um comitê de ergonomia composto pelos próprios colaboradores.
5. Soluções para empresas de todos os tamanhos
Mesmo que a indústria não seja de grande porte, o bem-estar e a promoção da saúde dos colaboradores podem estar na estratégia do negócio. Prova disso é a Millenniun Tecnologia Ambiental, empresa dedicada à biotecnologia de saneamento, que tem 24 funcionários e conta com os serviços e consultoria do SESI para exercícios funcionais e acompanhamento nutricional de seus funcionários. Um professor vai ao local de trabalho duas vezes por semana para promover atividades físicas com os trabalhadores e, mensalmente, a empresa recebe a visita de uma nutricionista que acompanha e dá sugestões sobre a alimentação.
Segundo a gerente técnica Gisele Pessi Legramanti, as atividades estão sendo válidas para quem queria aproveitar melhor um período do próprio dia de trabalho para fazer um treinamento esportivo. “As pessoas comentam que se sentem mais ativas e dispostas para o trabalho e junto com isso vem o cuidado com a alimentação”, relata.
As turmas de exercícios contam com uma média de dez alunos. Já o acompanhamento alimentar é feito com 20 trabalhadores. Esse cuidado com as pessoas traz resultados para as empresas, aumentando a satisfação do colaborador com ambiente de trabalho e a produtividade.
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03/07/2017 - Como o SESI promove melhorias para a saúde, segurança na indústria e qualidade de vida para o trabalhador?
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