A rede de Institutos SENAI de Inovação investe em tecnologia para o combate à pandemia. O objetivo é prevenir, diagnosticar e tratar o novo coronavírus. As propostas selecionadas na categoria MIssão contra a Covid-19 da Plataforma de Inovação para a Indústria recebem recursos e apoio para desenvolvimento, passando por processos de validação, de protótipo e de teste.
Confira cinco exemplos inovadores selecionados pela iniciativa do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e do Serviço Social da Indústria (SESI):
1- Raios ultravioleta para desinfecção de transportes
As luminárias UV-C, apresentada pela startup SII Technology, foram instaladas dentro de ônibus e vagões. Os equipamentos são acionados por uma base móvel que funciona fora do veículo, operada por um técnico. Apenas uma unidade pode desinfectar até 40 ônibus por noite.
O raio UV-C não solta resquícios químicos, o que o torna mais seguro para as pessoas. Além de ser uma forma mais sustentável de desinfecção, porque não gera resíduo tóxico para o meio ambiente. A eficiência do sistema foi testada por meio de medições confiáveis em laboratório.
2- Inteligência artificial para diagnosticar a Covid-19
O SENAI-Cimatec, em parceria com a Repsol Sinopec Brasil, utiliza o supercomputador para o enfrentamento da pandemia. A inteligência artificial será capaz de avaliar as imagens e dar o percentual de chance de o paciente estar ou não com Covid-19. Atualmente, existem cinco pesquisas em andamento utilizando o supercomputador.
Entre outras funções, será desenvolvida uma ferramenta de suporte ao diagnóstico, usando imagens médicas de raio X e de tomografia para identificar o potencial de lesões que se caracterizem como do coronavírus.
3 - Aparelho mede pressão e concentração de gás carbônico na expiração de pacientes
A empresa MDI Indústria e Comércio de Equipamentos Médicos desenvolveu o primeiro monitor de capnografia autônomo fabricado no Brasil. A capnografia mede a pressão e concentração de gás carbônico na expiração de pacientes e serve para aferir como está a troca gasosa em nível pulmonar, sendo a forma mais precisa de verificar se está adequada a ventilação de pessoas com dificuldade para respirar.
Com apoio do Instituto SENAI de Inovação em Sistemas Avançados de Saúde, o equipamento foi desenhado e a expectativa é ter um protótipo funcional pronto para validação médica. A previsão é que, até dezembro, sejam produzidos pelo menos 200 aparelhos, após validação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
4 - Spray para revestimento contra o coronavírus
A empresa TNS Nanotecnologia, em parceria com a Paumar (WEG Tintas), desenvolveu um revestimento capaz de eliminar o vírus. No produto antiviral, são utilizadas diferentes tecnologias para a ancoragem das nanopartículas de prata, tornando superfícies comuns em áreas capazes de inativar o vírus.
O projeto terá um fácil manuseios e aplicação por spray, além de ser possível revestir uma grande área com uma pequena quantidade. O revestimento poderá ser usado em maçanetas, mesas, bancadas, balcões de atendimento de materiais como inox, madeira, laminado sintético e tecidos.
5 - Tecido neutralizador da Covid-19
O Instituto SENAI de Inovação em Biossintéticos e Fibras uniu-se a Bio-Manguinhos/Fiocruz e à Diklatex para o desenvolvimento de um tecido capaz de neutralizar o novo coronavírus. As amostras do tecido foram capazes de inativar mais de 99,9% das partículas virais respiratórias do sarampo e da caxumba, com a mesma eficácia para a Covid-19.
A meta, atualmente, é a utilização dos tecidos antivirais para a produção de máscaras e aventais. A expectativa é que com o tecido antiviral sejam produzidas 600 mil peças por mês, entre máscaras, aventais e scrubs.
A Indústria contra o coronavírus: vamos juntos superar essa crise
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