Da mente do inventor e cientista Alberto Santos Dumont surgiram várias ideias para facilitar a vida da sociedade e da indústria, desde chuveiro de água quente ao 14-Bis. Há exatos 109 anos, no dia 23 de outubro de 1906, o avião fazia o famoso voo de 220 metros em Paris - data que foi escolhida para comemorar o Dia da Aviação. Esportista desde a juventude, Santos Dumont foi alpinista, automobilista e balonista, o que o ajudou a conhecer melhor as técnicas de voo e a física responsável pela decolagem dos dirigíveis.
Neste 23 de outubro, conheça mais sobre as engenhocas do importante inventor que estreia a série “Um cientista, uma história”, fruto de uma parceria entre o Serviço Social da Indústria (SESI) e o Canal Futura. Os vídeos são exibidos às segundas e quintas-feiras, às 20h, com reprise aos sábados e domingos, às 20h50.
1. Menos é mais: seu primeiro balão, batizado como "Brazil", era pequeno para voar melhor
De dimensões reduzidíssimas, o balão tinha cesto para apenas uma pessoa e foi construído com seda japonesa. Tudo para diminuir o peso. O primeiro voo foi realizado em 4 de julho de 1898. O pequeno balão fez mais de 200 ascensões, mas o balonista que se dispusesse a voar no Brazil tinha que entender muito de física e sobre a força dos ventos, pois ainda não era possível controlar o percurso do voo. E nem o pouso!
2. Entre sucessos e fracassos, ele aprimorou engrenagens e criou novos motores
Três meses após o balão Brazil , Dumont testou o novo projeto: um dirigível alongado, em forma de charuto, com um um motor a gasolina que permitia maior controle do caminho. Com maior dirigibilidade e propulsão, o Dirigível nº 1 possibilitou que o inventor aprimorasse suas ideias e testasse novos modelos. Alguns tiveram mais sucesso que outros: o Dirigível nº 5 chocou-se contra o Hotel Trocadero, em Paris, causando uma grande explosão. Santos Dumont teve de contar com a sorte e foi salvo pelos bombeiros após ficar desacordado no alto do edifício.
3. Foi o primeiro a voar com sucesso em um percurso pré-determinado
Com o Dirigível nº 6, Dumont conquistou o prêmio oferecido pelo magnata Henry Deutsch de La Muerte. O desafio era sair de Saint Cloud, contornar a Torre Eiffel e regressar ao ponto de partida em 30 minutos. Após tentativas de vários concorrentes, Santos Dumont foi o primeiro a finalizar o desafio com sucesso. O prêmio, de 129 mil francos, foi distribuido entre sua equipe e desempregados de Paris.
4. Insistente, construiu 20 balões e aeroplanos em 10 anos
Mesmo com pequenas derrotas, Dumont não desistia de voos cada vez mais altos. O inventor se desafiava a fazer trajetos maiores e chegou a tentar atravessar o Mediterrâneo, sem sucesso. Trajetos curtos também eram bem-vindos. Ele utilizava balões diariamente para tarefas simples, como visitar amigos ou ir jantar.
5. Fez o primeiro avião decolar por seus próprios meios, sem impulsão externa
Após trabalhar com diversas ferramentas para voar, como propulsores, geradores de ar quente, hélices e trem de pouso, Dumont conquistou seu maior desafio. Imitando as asas de um pássaro, o 14-Bis era o que se chamava de aeronave “mais pesada que o ar” – em contraposição aos balões, cujo o ar rarefeito os torna mais leves. O primeiro voo do 14-Bis, realizado em 23 de outubro de 1906, é um marco na história da aviação.
