Preservar o que é bom

Em artigo publicado no jornal O Popular (GO), presidente em exercício da FIEG, André Rocha, destaca que SESI e SENAI são reconhecidos no setor produtivo como indutores da produtividade e competitividade

Presidente em exercício da FIEG avalia que os cursos do SENAI estão sintonizados com as necessidades das empresas e na formação do profissional do futuro

No início de uma nova administração federal, em meio à discussão de diversas mudanças destinadas a promover investimentos na geração de empregos e na melhoria da qualidade de vida dos brasileiros e do ambiente de negócios, a exemplo da reforma da Previdência, já enviada ao Congresso, a divulgação de um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) recomenda prudência no encaminhamento de propostas que surgem nesse momento de expectativa em alta com os novos dirigentes do País. É o caso da anunciada intenção do governo federal de abocanhar parte dos recursos oriundos das empresas que bancam o Sistema S (SESI, SENAI, Sesc, Senac, Senar, Sebrae e outros).

A pesquisa do Ipea aponta um rendimento 8,4% maior para os trabalhadores que completaram um programa de qualificação profissional, na comparação com os que não concluíram, considerando características similares de idade, gênero, raça e escolaridade.

A qualificação é um tipo de programa de educação profissional que oferece treinamento para o exercício de uma atividade, tendo, geralmente, curta duração e poucas exigências em termos de educação formal. Outras modalidades são os cursos técnicos de nível médio e a graduação tecnológica, um subgrupo dos cursos de educação superior.

No caso da indústria, esse é o âmbito de atuação do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), cujo portfólio de cursos é cada vez mais sintonizado com as necessidades das empresas e busca formar o profissional do futuro, com foco na inovação, na indústria 4.0, ao aliar-se com o Serviço Social da Indústria (SESI) para agregar a educação básica voltada para o mundo do trabalho.

Pioneiros do Sistema S em Goiás, onde chegaram no início da década de 50, SESI e SENAI são hoje reconhecidos como parceiros indutores da produtividade e competitividade no setor produtivo, e ampliaram o raio de atuação em atendimento à indústria – seu principal acionista – e também à comunidade, por meio de gratuidade em diversas ações.

O SESI tornou-se referência em saúde e segurança do trabalho, mais lembrado no Prêmio Marca Brasil por seus programas de ginástica laboral, medicina ocupacional e serviços para Sipat. Cultura e lazer complementam o leque de ações para empresas e comunidade.

Além da mão de obra que movimenta o parque industrial, desde o chão de fábrica até a pós-graduação, o SENAI oferece às indústrias soluções em tecnologia e inovação, como P&D e inovação, consultoria em tecnologia, serviços técnicos e serviços metrológicos.

Reformas, sim, porém é preciso preservar o que funciona bem no País.


André Rocha, presidente em exercício da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG)

O artigo foi publicado nesta segunda-feira (25) no jornal O Popular.

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