Presidente da CNI defende acordo com Europa, apesar da resistência argentina

"Se a Argentina é um empecilho para que o Brasil faça os acordos internacionais, nós vamos sem a Argentina", disse

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, defendeu o início oficial das negociações de acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia, com ou sem aprovação do governo argentino. 

"Se a Argentina é um empecilho para que o Brasil faça os acordos internacionais, nós vamos sem a Argentina. Só não podemos deixar de construir acordos. Hoje, a melhora do comércio depende dos acordos que se faz. Sem acordos de preferência e de tecnologia, fica difícil", afirmou Andrade, nesta quinta-feira (4), em conversas com jornalistas, em Leipzig, na Alemanha, durante o WorldSkills, maior torneio de educação profissional do mundo. 

Na avaliação de  Andrade, as discussões de acordos comerciais devem ocorrer dentro do Mercosul. No entanto, cada país negociaria sua lista de produtos com acesso preferencial e com datas de desgravação diferenciadas. 

Atualmente, uma decisão do Mercosul determina que Brasil, Argentina, Uruguai, Venezuela e Paraguai, que está temporariamente suspenso do bloco econômico, negociem em conjunto acordos com terceiros países. "Os acordos são importantes para o Brasil aumentar suas exportações e dar um salto tecnológico", justifica Andrade. 

ÁUDIO - Robson de Andrade comenta a necessidade dos acordos internacionais. Ouça clicando aqui.

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