Melhorar a qualidade de vida é importante para a competitividade do país, diz Robson Braga de Andrade

Presidente da CNI participou de reunião com ministro da Saúde, Ricardo Barros, nesta terça-feira (30), em Brasília

“O SESI vem construindo ferramentas que apoiam as empresas a melhorarem a qualidade de vida dos trabalhadores e a aumentar a produtividade das empresas" - Robson Braga de Andrade (esq)

A melhoria da saúde e da qualidade de vida das pessoas é fundamental para a competitividade das indústrias e do país. A afirmação é do presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, durante reunião com diretores da instituição nesta terça-feira (30) com a presença do ministro da Saúde, Ricardo Barros. “O Serviço Social da Indústria (SESI) vem construindo ferramentas que apoiam as empresas a melhorarem a qualidade de vida dos trabalhadores e a aumentar a produtividade das empresas”, declarou.

Na ocasião, Gustavo Nicolai, especialista em Segurança e Saúde no Trabalho do SESI, apresentou diversos desafios que as empresas enfrentam para atender a todos os critérios exigidos pela lei, mercados e órgãos públicos para segurança e saúde no trabalho. Destacou que as empresas precisam interagir com diversos atores que vão da Previdência Social, Receita Federal, mecanismos de certificação como a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) até universidades e o Google, para disponibilizar informações.

“Atuar em conformidade com todas as partes é extremamente complexo”, disse Nicolai. “Além disso, temos barreiras culturais. Enquanto na Europa o trabalho é encarado como um dos pilares para a saúde das pessoas, no Brasil alguns o veem como sinônimo de doença e isso precisa mudar”, afirmou.

Nicolai detalhou ainda alguns dos principais custos de acidentes e doenças do trabalho que oneram as empresas, como as ações regressivas do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) para cobrar das empresas benefícios pagos decorrentes de acidentes e doenças do trabalho, o Fator Acidentário de Prevenção (FAP) e o Seguro Acidente do Trabalho (SAT). Além disso, destacou que o E-Social, sistema de informação do governo federal que unificará o envio de informações dos empregados pelas empresas, deverá entrar em vigor em 2018 e vai exigir custos adicionais às empresas. “A maior dificuldade do sistema está justamente no monitoramento da parte relativa à saúde e segurança das pessoas”, completou.

SOLUÇÕES SESI - Nicolai anunciou aos cerca de 70 participantes da reunião que o SESI está construindo um sistema informatizado para empresas inserirem as informações do trabalhador que serão necessárias para o E-Social e, a partir daí, também serão oferecidos outros serviços aos trabalhadores e mais informações sobre o estilo de vida das pessoas às empresas. A instituição também investe em centros de referência em saúde e segurança no trabalho, para o desenvolvimento de tecnologias que melhorem a qualidade de vida e o bem-estar das pessoas no ambiente de trabalho.

No encontro, foram lançados a série de vídeos 100% Seguro, com orientações de segurança para os setores de frigorífico e mineração.
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