A manutenção dos juros básicos da economia em 6,5% ao ano foi acertada, especialmente diante da fraca recuperação da economia brasileira, das incertezas em relação às eleições de outubro e das mudanças no cenário internacional. A avaliação foi feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quarta-feira (20), logo depois do anúncio da decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom).
Além disso, embora o impacto da greve dos caminhoneiros sobre os preços ainda seja incerto, a inflação para este ano continua dentro da meta de 4,5% fixada pelo Banco Central. "O aumento dos juros neste cenário seria precipitado e desnecessário", destacou o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
Robson Andrade Andrade acrescentou que também seria equivocado o Banco Central elevar os juros para conter a desvalorização do real frente ao dólar. Para o presidente da CNI, os instrumentos adequados, como a oferta de swap cambial, estão sendo utilizados para irrigar o mercado de câmbio e controlar as oscilações do dólar.