Sesi destaca importância de preparar empresa para receber PcDs

Palestras sobre inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho serão realizadas durante workshop do Sesi na Caça Talentos

A inclusão do PcD (Pessoa com Deficiência) no Mercado de Trabalho é tema do workshop realizado pelo Sesi, como parte da programação desta sexta-feira (10/05) da Caça Talentos. Durante a tarde, serão realizadas várias palestras com esta temática.

Segundo o superintendente do Sesi, Michael Gorski, além das questões legais sobre a inserção das PcDs no mercado de trabalho é preciso que o mercado esteja preparado para receber este trabalhador. "Por isso a importância do Sesi desenvolver consultorias dentro das empresas, para que seja trabalhado o clima organizacional. É preciso integrar de fato esse PcD à empresa para se sinta parte da equipe", declarou.

Já o superintendente Estadual do Ministério do Trabalho e Emprego, Anizio Tiago, destacou a dificuldade existente no País de unir teoria e prática. "Por isso é importante que haja eventos como este, trazendo estudantes, que obtém um bom volume de teoria participando de discussões que estão na prática do dia a dia", disse. Ele acrescentou ainda a necessidade de fatores facilitadores no que diz respeito ao PcD, o que na avaliação dele demanda esforços de todos os atores envolvidos no processo. "Devemos mudar nosso modelo de trabalho para gerar inclusão de forma a produzir melhores resultados".

O desembargador e vice-presidente do TRT/MS (Tribunal Regional do Trabalho de Mato Grosso do Sul), Nery Sá e Silva Azambuja, representou o presidente do TRT/MS, desembargador Francisco das Chagas Lima Filho, e disse que o evento do Sesi é um fomentador da inclusão. "Tenho certeza que o melhor será passado de uma forma fácil para a sociedade entender da importância do deficiente na sociedade".

O procurador do Ministério Público do Trabalho, Cícero Rufino Pereira, também participou da abertura do Workshop e disse que a inclusão não é apenas do trabalho e sim social. "É preciso que o PcD se sinta bem e em situação de igualado, tanto desenvolvendo seu trabalho quanto na sociedade", disse.

Já o diretor presidente da Funsat (Fundação Social do Trabalho), Aldo Eurípedes Donizete, pontuou o empenho da Fundação para oferecer a oportunidade de um trabalho digno aos PcDs. "Estamos trabalhando para oferecer ao deficiente esse trabalho com todos os direitos dentro da lei promovendo a inclusão".

PcDs

O professor José Aparecido da Costa, 44 anos, nasceu com deficiência visual. Formado de pedagogia com especialização em metodologia da educação especial, ele acredita que o mercado de trabalho está hoje muito mais acessível ás pessoas com deficiência. "Há muita coisa para ser feita ainda, mas já evoluímos bastante. Penso que trazer o assunto para discussão é sempre uma boa iniciativa", declarou ele, que participou do Workshop na tarde desta sexta-feira.

Já João Guanes, 45 anos, é estudante de jornalismo, o descolamento de retina provocou perda da visão o que ocorreu há sete anos. "Antes disso eu trabalhava como tapeceiro e posso dizer que é uma situação bem difícil, mas o suficiente para nos desanimar. Eu encontrei nos estudos a melhor forma de superar todas as dificuldades", declarou. Ele disse ainda que antes de perder a visão nunca havia pensado sobre as questões que envolvem os deficientes e que não tinha conhecimento sobre as ações de inclusão aos deficientes ao mercado de trabalho.

Palestras

Durante a tarde, o desembargador Federal do Trabalho do TRT 9ª Região, de Curitiba/PR, Ricardo Tadeu Marques da Fonseca, falou sobre os aspectos da formação profissional da pessoa com deficiência no direito do trabalho; a importância da indústria na qualificação da PcD; responsabilidade social industrial com foco nas oportunidades de mercado.

Na sequencia, o gerente regional de recursos humanos da ADM do Brasil, em Campo Grande, Carlos Leite, apresentou o case de sucesso, a empresa recebeu da prefeitura o selo Certificação Social. "Vemos o trabalho como integração social, acreditamos nisso e nos preparamos para receber os deficiente", declarou. Atualmente, na Capital, a empresa tem 10 deficientes auditivos e um físico.

Já o jornalista Rafael Bonfim, relatou a experiência dele como deficiente físico e destacou a importância do debate. "Quero passar meu conhecimento para que após este workshop as empresas participantes encontrem soluções criativas para a pessoa com deficiência que vai para o mercado de trabalho e precisa de assistência", disse.

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