Reunião do Coema em Porto Alegre debate sustentabilidade econômica e ambiental

17ª Reunião do Conselho Temático de Meio Ambiente e Sustentabilidade Regional Sul-Sudeste (Coema) aconteceu nesta sexta-feira (8), em Porto Alegre e teve como tema principal a sustentabilidade econômica

“Precisamos olhar para um mercado no qual possamos competir de forma equilibrada" - Shelley Carneiro

A influência da proteção ambiental nas negociações internacionais e as exigências para o licenciamento ambiental foram temas da 17ª Reunião do Conselho Temático de Meio Ambiente e Sustentabilidade Regional Sul-Sudeste (Coema) nesta sexta-feira (8), em Porto Alegre. No evento, promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), o presidente da instituição gaúcha, Heitor José Müller, destacou a importância do encontro, que analisou questões da indústria brasileira sobre a evolução da competitividade industrial das nações.

“A FIERGS defende que não haverá sustentabilidade ambiental sem a sustentabilidade econômica. Precisamos aprofundar as discussões para resolvermos os retardamentos que possam comprometer investimentos e inviabilizar a implantação de tecnologias e inovação, necessárias para a inserção das empresas nos mercados globalizados”, avaliou Müller.

Para o secretário executivo do Coema e gerente-executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Shelley Carneiro, sustentabilidade é um problema internacional. “Precisamos olhar para um mercado no qual possamos competir de forma equilibrada. Hoje não há mais fronteiras no mundo e temos que fazer as adaptações e oferecer ao empresariado brasileiro a força que ele precisa dentro de um processo de inovação em diferentes áreas”, concluiu.

COMPLEXIDADE - Sustentabilidade e barreiras ambientais ao comércio internacional foi o tema apresentado pela coordenadora do Comitê Brasileiro de Barreiras Técnicas ao Comércio (CBTC), Vera Thorstensen. Ela afirmou que as regras para negociações internacionais são muito complexas e que o Brasil precisa se preparar melhor. “Estamos isolados negociando com países que estão fora de uma cadeia produtiva inovadora. Temos que fazer acordo com países ricos. Ideologia não pode dominar as decisões de comércio exterior”, alertou.

Já a diretora do Departamento de Produção e Consumo do Ministério do Meio Ambiente, Raquel dos Santos, apresentou o Plano de Ação para a Produção e Consumo Sustentáveis. Para ela, o governo tem papel fundamental na defesa de interesses para que não haja restrições e regras inatingíveis para a participação do Brasil no comércio exterior.

Para isso, é fundamental um trabalho de regulação, diálogo, governança, capacitação, infraestrutura, informação e transparência. “Precisamos trabalhar os três pilares da sustentabilidade juntos: econômico, ambiental e social. O mundo está aberto para que os desafios sejam superados com cooperação para que seja preservado um patrimônio que não é nosso, é da humanidade e das futuras gerações”, defendeu.

O encontro teve ainda debates sobre o futuro do licenciamento ambiental, o contexto sobre a assinatura do acordo setorial de embalagens e a apresentação da Associação de Logística Reversa (Aslore), criada para atender à Política Nacional de Resíduos Sólidos.

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