Avião que consome menos combustível, crimes ambientais monitorados via satélite, energia gerada com menos produção de rejeitos, diesel fabricado a partir de plantas. Esses são apenas alguns exemplos de iniciativas sustentáveis que estão sendo aplicadas por grandes empresas brasileiras como parte do compromisso mundial de conter o aumento da temperatura do nosso planeta.
Os bons exemplos foram compartilhados com o público na Conferência do Clima, a COP28, este mês, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Abaixo você confere mais detalhes dessas iniciativas.
De combustível a uniformes e plásticos: menos é mais na Latam!
A estratégia de sustentabilidade do Grupo LATAM Airlines tem compromissos para promover o desenvolvimento social, ambiental e econômico da América do Sul nos próximos 30 anos.
Em Mudanças Climáticas, a LATAM tem adquirido aeronaves que consomem de 20% a 25% menos combustível e instalou softwares e ferramentas de machine learning que otimizam procedimentos, abastecimento e trajetórias dos aviões. A companhia também assinou na COP28 um termo de intenção para compensar 400 mil toneladas de CO2 com a geração de créditos de carbono para proteger 22 mil hectares da Amazônia e Cerrado do Brasil nos próximos 10 anos.
Em Economia Circular, já eliminou 96% dos plásticos de uso único e vai retirar o material em sua totalidade até o fim de 2023. Também conta projetos como o Segundo Voo, que já deu nova vida a 25 toneladas de uniformes da companhia e beneficiou diretamente 3 mil mulheres da região Sul do Brasil, e o Recicle Sua Viagem, que recicla mais de 180 toneladas de plástico por ano no Brasil.
Em Valor Compartilhado, atua no transporte gratuito de pessoas, animais e cargas em emergências de saúde, meio ambiente e catástrofes. Em 10 anos, foram mais de 140 milhões de pessoas beneficiadas no Brasil.
Gado e área de pasto monitorados via satélite na JBS
Por uma rede produtiva sustentável, há quase 15 anos, a JBS monitora diariamente sua rede de mais de 70 mil potenciais fornecedores diretos em todo o país. Por meio de imagens de satélite e consulta a listas públicas oficiais são verificados os quesitos desmatamento ilegal, embargos ambientais, invasão de terras indígenas ou de unidades de conservação e práticas trabalhistas análogas à escravidão.
A JBS tem defendido um programa nacional oficial de rastreabilidade de bovinos. Durante a COP28, foi anunciada a parceria da Companhia com o governo do Pará nesse sentido. Ao longo dos próximos anos a JBS vai investir R$ 43,3 milhões no projeto e em outras ações de apoio ao pequeno produtor no estado.
Entre elas, se destacam os Escritórios Verdes. Desde 2021, suas 20 unidades trabalham pelas melhores práticas socioambientais e de produtividade. Nesse período, mais de 7.000 fazendas avançaram em processos de regularização ambiental. Mais de 19 mil produtores já entraram em contato com os Escritórios Verdes.
Ainda na COP de Dubai, o Fundo JBS pela Amazônia apresentou seu mais recente programa, o Juntos, que visa incluir o pequeno produtor num modelo de pecuária mais produtiva. O Fundo vai destinar R$ 100 milhões ao Juntos nos próximos dez anos.
Investimentos para colocar em prática a descarbonização na IBP
A missão do IBP é promover o progresso do setor de energia, com foco no desenvolvimento de uma indústria de petróleo e gás competitiva e sustentável, promovendo benefícios amplamente reconhecidos pela sociedade. O setor terá investimentos da ordem de U$ 183 bilhões até 2031, média anual de 445 mil postos de trabalho e U$ 63 bilhões em receitas governamentais.
A descarbonização e a sustentabilidade estão baseadas na menor intensidade de carbono e em tecnologias de CCUS; Eólicas offshore; Biocombustíveis e Biorrefino.
O Brasil tem condições de liderar a sustentabilidade na economia de baixo carbono aproveitando a disponibilidade de recursos renováveis e as características da indústria de O&G, que vão desde a baixa intensidade de carbono até as sinergias com as fontes de baixo carbono.
Combustível renovável feito a partir de plantas na Acelen
A Acelen, empresa de energia da Mubadala Capital, nasceu com o propósito de evoluir e participar ativamente da transição energética global. Em apenas dois anos de gestão, a empresa chegou a 273 mil toneladas a menos de emissão de CO2 e em carga processada, o equivalente à plantação de pouco mais de 22 mil hectares de árvores ou a cerca de 1200 estádios do tamanho do Maracanã. Além disso, reduziu em 7% o consumo de energia, ao mesmo tempo em que aumentou em 7% o reuso de água em sua operação, com estimativa de 50 m3/h no reuso na Refinaria de Mataripe. Considerando o consumo de 116 litros por pessoa por dia, o aumento do reuso equivale ao abastecimento de mais de 10 mil pessoas.
Este ano, a companhia vai reduzir a geração de resíduos em 30% (7,2 mil toneladas), tendo como meta o aterro zero em 2024, com melhor aproveitamento e aplicação desses insumos em outras indústrias, promovendo a circularidade. Transformar e evoluir o setor atuando ativamente na transição energética é um pilar da Acelen. A empresa segue firme com seu objetivo estratégico de desenvolver tecnologias verdes, como é o caso da Acelen Renováveis, empresa anunciada durante a COP 28. Com investimento de mais de R$ 12 bilhões nos próximos 10 anos, o projeto, que apresentou ao mundo o poder energético da Macaúba, planta nativa brasileira, vai produzir 1 bilhão de litros de combustíveis renováveis como Diesel Renovável e Combustível Sustentável de Aviação (SAF).
Ainda durante a COP-28, a Acelen Renováveis se comprometeu com a construção da biorrefinaria na Bahia, além da cooperação para a criação de um hub de inovação no Estado. Já em Minas Gerais, foi implementado um Centro de Inovação e Tecnologia Agroindustrial (CITA), localizado na cidade de Montes Claros.
"Vamos produzir no Brasil o combustível do futuro, em um projeto fully sustainable: econômico, social e ambientalmente. Muito feliz em poder dizer que a Acelen Renováveis já faz parte da semente do futuro", afirma Luiz de Mendonça, CEO da empresa.
A tecnologia é aliada da sustentabilidade na Suzano
O desafio das mudanças climáticas impõe à indústria e às empresas a necessidade imperativa de adotar uma transição mais sustentável em seus processos. Para efetivar essa mudança, é essencial implementar diversas ações que impulsionem a adaptação.
A Suzano tem algumas iniciativas relevante no tema, sobretudo em investimentos tecnológicos para aprimorar as práticas diárias nos processos produtivos. Esses investimentos podem se manifestar, por exemplo, na promoção do consumo consciente de água, na transição em direção a fontes de energia cada vez mais limpas ou em ações específicas voltadas a geração de créditos de carbono. São medidas que não apenas mitigam os impactos ambientais, mas também contribuem para uma abordagem mais responsável e alinhada com os desafios ambientais globais.
Não menos importante é a atuação cidadã em políticas públicas relacionadas ao tema. A transição para uma economia de baixo carbono só se dará de forma efetiva se tivermos políticas adequadas, com previsibilidade, transparência e segurança jurídica. Nesse sentido, a Suzano tem feito seu papel, como elemento de pressão positiva para o avanço de políticas verdes que tragam sustentação a todas as inciativas em curso ou planejadas do setor privado brasileiro.
Risco climático calculado no IBRAM
O Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) vem promovendo uma série de iniciativas para tornar a mineração cada vez mais sustentável. Em 2022, o IBRAM lançou o guia de resiliência climática, para orientar as mineradoras nas análises e providências relacionadas aos riscos climáticos. Além disso, está sendo elaborado o III Inventário de GEE do Setor Mineral, consolidando inventários de emissões de GEE das atividades de mineração de parte das empresas associadas ao Instituto - ano base 2022 e posterior extrapolação nacional com base nos dados da Agência Nacional de Mineração. Ademais, firmamos um acordo com o Governo do Reino Unido para identificação de rotas tecnológicas de Descarbonização na Mineração. Essas iniciativas servirão de base para estruturarmos, em 2024, um roadmap do carbono na mineração, permitindo estipular metas setoriais de redução de emissões.
Em nosso painel na COP 28 junto à CNI, à Vale, à Gerdau e à Hydro, demonstramos como as empresas e o setor têm acelerado a transição energética: reciclagem; novos produtos de baixa emissão; atuação em parceria para reduzir a pegada de carbono setorial e promover a adaptação climática, de modo a minimizar os impactos dos eventos extremos em suas operações. Além disso, apoiam clientes, fornecedores e comunidades próximas às suas operações a agir em conjunto para mitigar as emissões.
Na Atvos, sustentabilidade e negócios são indissociáveis
Em sua participação na COP28, em Dubai, a Atvos teve a oportunidade de ressaltar como seu core business está intrinsicamente ligado ao futuro mais sustentável do planeta. A empresa é uma das principais produtoras de biocombustíveis da América Latina e, por isso, tem papel preponderante para a resolução daquele que é um dos mais relevantes desafios que o mundo enfrenta: a descarbonização dos meios de transportes, que representam aproximadamente um quinto de todas as emissões globais de CO2.
Para endereçar essa questão e reduzir emissões, os biocombustíveis têm centralidade. Eles se destacam por serem mais limpos na comparação com os combustíveis fósseis, se mostram aptos à produção em larga escala e são muito mais fáceis de serem utilizados nos sistemas de transporte nos mais diversos países.
O Brasil tem tudo para ser um player decisivo para o crescimento dos biocombustíveis em nível mundial, e isso pode ampliar o protagonismo da Atvos nesse cenário. A companhia é referência nacional e tem capacidade de abastecer mais de 60 milhões de carros compactos com biocombustíveis todos os anos. Agora, em uma nova fase, com investimentos em crescimento, a tendência é que a empresa aumente ainda mais sua relevância, com impactos positivos em escala global.