FGV e indústria debatem desenvolvimento sustentável da Amazônia

Webinar “O futuro da Indústria na Amazônia” contou com as participações de Marcelo Thomé, presidente da FIERO, e Jorge Luiz de Lima, secretário do Ministério da Economia

A última edição do “Diálogos Amazônicos”, série de webinars organizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), reforçou que o principal desafio para o desenvolvimento sustentável da região é fomentar uma indústria que preserve a natureza e traga riqueza para a população local. Os participantes formaram consenso a respeito da importância de fomentar negócios que conservem a natureza e gerem riqueza para os 25 milhões de pessoas que vivem na região.

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Segundo Marcelo Thomé, presidente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO), ligada à Confederação Nacional da Indústria (CNI), os setores de alimentos, energia, madeira e minério precisam ser fomentados, mas sem perder de vista o compromisso com a sustentabilidade. “A indústria do futuro é verde e deve contar com uma bioeconomia de escala” relatou.

Também afirmou que é essencial uma infraestrutura que traga rapidez para o escoamento da produção, mas que seja adaptada para as particularidades da região. “Se o produto chega mais rápido ao cidadão, terá maior qualidade e será mais competitivo”, afirmou.

A falta de uma infraestrutura robusta é resultado de décadas sem planejamento, afirmou Jorge de Lima, secretário de Desenvolvimento da Indústria, Comércio, Serviços e Inovação do Ministério da Economia, que também participou do evento. Segundo Lima, a indústria da região vem sofrendo há muito tempo. “Precisamos de projetos estruturantes de longo prazo, mas que só serão alcançados quando pensarmos em uma economia de Estado e não de governo”, alerta.

Ao final do evento, Marcelo Thomé reforçou o papel dos quatro eixos levantados pela CNI para o desenvolvimento sustentável da Amazônia. São eles: transição energética, precificação de carbono, economia circular e conservação florestal.

“As oportunidades estão lá e contam com imenso potencial para gerar impactos sociais positivos”, afirmou. “Precisamos apresentar esse cenário a investidores que seguem as regras de ESG para que se tornem aliados na preservação da Amazônia”.

No último ano, o presidente da FIERO coordenou os debates com especialistas, representantes do setor produtivo e integrantes do governo federal no Fórum Amazônia +21.

A CNI, baseado nos quatro eixos (transição energética, precificação de carbono, economia circular e conservação florestal) tem selecionado cases de indústrias brasileiras para mostrar ao mundo negócios sustentáveis já em operação no país e captar investimentos por meio da COP26, em Glasgow.

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