CNI entrega a governo propostas para implementação da Agenda Climática

Cerimônia ocorreu durante workshop realizado na terça-feira, 19 de junho, a representantes do setor industrial em Brasília

Davi Bomtempo (direita), da CNI, e Andrea Macera, do MDIC, entregam estudo à José Domingos Miguez, do MMA

Mecanismos financeiros adequados às necessidades do setor industrial e o acesso facilitado ao crédito estão entre as propostas do estudo Mudança do Clima e Indústria Brasileira: iniciativas e recomendações estratégicas para implementação e financiamento da Contribuição Nacionalmente Determinada, que a Confederação Nacional da Indústria (CNI) lançou na terça-feira, 19 de junho. O documento, elaborado em parceria com o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), foi entregue a representantes do governo durante workshop sobre financiamento climático na sede da CNI, em Brasília.

O gerente-executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Davi Bomtempo, e a diretora de Competitividade Industrial do MDIC, Andrea Macera, entregaram o estudo ao diretor de Políticas em Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente (MMA), José Domingos Miguez.

O coordenador de Desenvolvimento Internacional e Sustentabilidade do Ministério da Fazenda, Érico Rocha, destacou que foi aprovado recentemente o primeiro projeto brasileiro no Fundo Verde Clima denominado Financial Instruments for Brazil Energy Efficient Cities (FinBRAZEEC).

A iniciativa, que será implementada pelo Banco Mundial em parceria com a Caixa Econômica Federal, tem o objetivo de mapear as oportunidades de ampliação de eficiência energética e redução de emissão de gases do efeito estufa nas cidades brasileiras, com foco em iluminação pública e indústrias localizadas em centros urbanos. “Montantes da ordem de 195 milhões de dólares podem ser destinados para projetos de eficiência energética em indústrias localizadas em centros urbanos”, destaca Rocha.

Segundo dados da Climate Policy Initiative, organização destinada a ajudar governos, empresas e instituições financeiras a impulsionar crescimento e, ao mesmo tempo, enfrentar o risco climático, nos últimos quatro anos os fluxos globais para financiamento climático movimentaram em média cerca de US$ 380 bilhões por ano. Desse montante, 37% foram movimentados por investimentos oriundos de fontes públicas e 63% de fontes privadas. Entre os principais investimentos estão em energias renováveis na China e energia solar nos Estados Unidos e Japão.

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