CNI e Ibict lançam publicações sobre avaliação do ciclo de vida de produtos

A ferramenta considera as implicações ambientais de toda a cadeia de abastecimento de produtos, bens e serviços, da concepção ao descarte

Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) lançaram publicações voltadas para o desenvolvimento de uma agenda na área de Avaliação do Ciclo de Vida (ACV). Em solenidade realizada nesta terça-feira (20), na sede da CNI, as entidades apresentaram três documentos com o objetivo de orientar empresários na adoção da chamada ACV. A ferramenta considera as implicações ambientais de toda a cadeia de abastecimento de produtos, bens e serviços desde a sua concepção até o descarte, ou do “berço” ao “túmulo”, como descrito em um dos manuais lançados no evento.

A diretora de Relações Institucionais da CNI, Mônica Messenberg, ressaltou que o conhecimento e a tecnologia são âncoras para a elevação da competitividade da indústria num ambiente cada vez mais acirrado de concorrência mundial. “É fundamental que indústria, academia e governo trabalhem de maneira coordenada a fim de fortalecer a estratégia do Brasil rumo ao desenvolvimento sustentável”, discursou. 

Shelley Carneiro, gerente executivo de meio ambiente e sustentabilidade da CNI; Denise Hamú, chefe do PNUMA; Mônica Messenberg, diretora de relações institucionais da CNI; Cecília Leite, diretora do IBICT e Álvaro Prata, secretário executivo do MCTI

Para Mônica Messenberg, a Avaliação do Ciclo de Vida servirá como ferramenta para a identificação de oportunidades para melhorias no desempenho ambiental de produtos, aumentando o nível de informação dos tomadores de decisão na indústria. “Ao quantificar os impactos ambientais de um determinado produto ou processo produtivo em todas as suas etapas, a ACV oferece uma visão mais ampla sobre os procedimentos industriais, indicando os melhores caminhos e facilitando a tomada de decisão por parte das empresas”, afirmou a diretora.

As publicações lançadas pela parceria CNI/Ibict são: o documento de metodologia de inventário do ciclo de vida, que reúne técnicas para o desenvolvimento de estudos e tomadas de decisão pela indústria; o Manual do Sistema ILCD – um modelo europeu traduzido para o português; e o manual de Ontologia Terminológica de ACV, este último produzido somente pelo Ibict.

ACV – A Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) é uma técnica para medição dos aspectos ambientais e dos impactos potenciais associados a um produto, compreendendo as etapas que vão desde a retirada da natureza das matérias-primas elementares que entram no sistema produtivo (berço) até a disposição final do produto (túmulo).

De acordo com o secretário executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Alvaro Prata, a pasta busca uma atuação transversal, estimulando e promovendo parcerias com o setor produtivo, a academia e instituições em geral.

A diretora do Ibict, Cecília Leite, mencionou, por sua vez, que o principal objetivo da parceria é o de “termos inventários brasileiros de ACV”. “Tenho total esperança, confiança e entusiasmo com o que deve vir a partir daqui. Fecha-se um momento, abre-se outro que eu espero que seja mais promissor para o desenvolvimento e que possa trazer para a ciência, tecnologia e inovação avanços. Que seja apenas a ponta de um grande iceberg que vai se mostrar ao longo dos próximos anos”, frisou Cecília. 

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