Educação fora da caixa: por que devemos falar sobre aprendizagem criativa?

Festival de Invenção e Criatividade que ocorreu no SESI Lab mostrou caminhos para inovar dentro e fora das salas de aula

Já imaginou aprender um pouco sobre programação enquanto monta uma escultura? Entender sobre emoções com um quebra-cabeça? Estudar ondas sonoras com um instrumento musical feito com canos e chinelos? O Festival de Invenção e Criatividade que aconteceu no SESI Lab mostrou que tudo isso é possível.

O evento, idealizado pela Rede Brasileira de Aprendizagem Criativa, desembarcou pela primeira vez em Brasília e movimentou nosso museu. Ele já teve mais de 90 edições ao redor do Brasil e tem como propósito mostrar como a criatividade tem um papel fundamental no processo de aprendizagem.

Quem visitou o SESI Lab durante o festival teve a oportunidade de conhecer mostras interativas de diferentes instituições, participar de oficinas e vivenciar na prática as inúmeras possibilidades de aprender e ensinar.

A aprendizagem criativa tem o intuito de mostrar que o processo de aprendizagem pode e deve ser diferente para cada pessoa, respeitando suas individualidades, limitações e interesses.


“O conceito de aprendizagem criativa está muito alinhado com as atividades propostas no SESI Lab. Receber o Festival de Invenção e Criatividade aqui era um sonho antigo do museu. Estamos muito felizes que foi possível. O SESI Lab aposta que o processo de aprendizagem pode ser leve e fora da caixa”, explica a superintendente de cultura do Sesi, Cláudia Ramalho.


Laboratório de Robótica

Na mostra interativa do laboratório de robótica o público foi capaz de entender que qualquer pessoa é capaz de montar seu robô. Os kits de ferramentas ficam disponíveis e a criatividade faz todo o resto. Seja com lego, placas de computador ou tudo junto, cada um monta seu robô como preferir.

“Aqui a ideia é estimular que a criança entenda o processo de criar já fazendo. Ela é totalmente livre para desenvolver sua criação e a partir do que ela quer, ela vai descobrindo as ferramentas e possibilidades”, explica Lana Nárcia, idealizadora do projeto.

Programação se faz com artes

Quem acha que só é possível aprender linguagem de programação com computadores está bem enganado. A oficina do OctoStudio mostrou para crianças e adultos que antes de ir para o computador é possível entender programação desenhando, pintando e fazendo esculturas.

Os participantes da oficina, antes de conhecerem a sala com computadores, acessam uma mesa com madeiras, massinhas, papel e tintas. A ideia é entender o passo a passo da linguagem da programação ainda nesta etapa para depois ir para os computadores transformar o que fez na mesa no ambiente virtual.

Daniela Lyra, professora residente do Thomas Maker, fala que a cultura maker é um modo de vida e que é possível colocá-lo em diferentes contextos, até mesmo em modelos de aprendizagem mais densos, como no caso da programação.


“A ideia é engajar os participantes pelo encantamento, mostrando que a ludicidade está em todo lugar”, explica.


Um chinelo que vira instrumento!

O xilofone todo mundo conhece, mas e o chinelo-fone? O instrumento musical criado pelos estudantes do laboratório IFB Maker do Recanto das Emas, Distrito Federal, é feito com canos de PVC e chinelo. Os canos são a base para o instrumento e o chinelo funciona como uma espécie de baqueta. A ideia é mostrar como as ondas sonoras funcionam e as diferenças dos sons a depender da grossura e profundidade dos canos. E para quem pensa que é um instrumento apenas demonstrativo está muito enganado. Ele faz música de verdade!

O professor de física do IFB, Marcos Rabelo, conta que a ideia de fazer o instrumento surgiu durante uma visita dos alunos ao SESI Lab, onde os jovens começaram a ficar interessados em colocar na prática os conceitos aprendidos em aulas teóricas.

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