SESI lança protocolo para retomada de atividades produtivas em tempos de Covid-19

Guia traz as melhores práticas em saúde e segurança no trabalho baseadas em critérios técnico-científicos e reforça a necessidade de empresas seguirem diretrizes estabelecidas pelas autoridades locais

Medidas de limpeza e higiene estão entre as principais recomendações do protocolo

O Serviço Social da Indústria (SESI) produziu protocolo para ajudar empresas na retomada das atividades produtivas em tempos de Covid-19. O documento, disponível gratuitamente no Portal da Indústria, foi elaborado por médicos do trabalho, epidemiologistas, engenheiros de saúde e segurança no trabalho, psicólogos e outros especialistas do SESI. O guia reúne recomendações e melhores práticas referendadas por órgãos nacionais e internacionais de saúde para orientar empresas em planos de retorno e aumento gradual e seguro das atividades, e reforça que as empresas também estejam sempre alinhadas às recomendações específicas das autoridades sanitárias locais.

“O SESI se debruçou sobre as melhores práticas que estão sendo adotadas por governos e pelas empresas ao redor do mundo para a preservação da saúde do trabalhador durante a pandemia de Covid-19, ao mesmo tempo em que se busca a manutenção de emprego e renda. O protocolo reforça a necessidade de empresas seguirem as recomendações da Organização Mundial da Saúde e das autoridades locais para o efetivo combate à contaminação pela Covid-19”, destaca o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade. 

"O protocolo reforça a necessidade de empresas seguirem as recomendações da OMS e das autoridades locais", destaca Robson Braga de Andrade, presidente da CNI

O conjunto de recomendações oferece parâmetros para que empresas realizem adequações no ambiente de trabalho visando à máxima proteção da saúde do trabalhador. São orientações, por exemplo, sobre novos layouts dos espaços de trabalho, novas rotinas, medidas de limpeza e higiene e serviços de saúde que podem ser adaptados às realidades específicas de cada empresa, de acordo com porte, ramo de atividade, quadro epidemiológico e capacidade de investimento.

Por meio de linguagem simples e uso de imagens para facilitar a compreensão, o documento traz recomendações em quatro frentes:

  • Adequações no ambiente
  • Novas rotinas de trabalho 
  • Ciclo de cuidado com a saúde das pessoas 
  • Pesquisa e inovação

Confira algumas das principais diretrizes do protocolo:

Desinfecção e limpeza de ambientes de trabalho
- Reforçar limpeza de locais mais expostos ao toque das mãos a cada duas horas (maçanetas, corrimões, botões de elevador);
- Disponibilizar álcool em gel e aumentar estações para lavagem das mãos;
- Manter ambientes bem ventilados;
- Aumentar a frequência de limpeza e troca de filtros biológicos no ar condicionado;
- Aumentar a limpeza de pisos.

Sinalização, layout de estações de trabalho e ambientes de uso coletivo
- Inserir marcações no chão para garantir distância mínima de dois metros entre as pessoas em situações que podem favorecer aglomeração, como filas de refeitório ou de elevadores;
- Assegurar alternância da estação de trabalho entre os turnos;
- Implantar barreiras físicas para locais de atendimento ao público;
- Suprimir ou reduzir o uso de maçanetas, catracas e qualquer superfície de contato com as mãos;
- Identificar objetos de uso pessoal.

Medidas administrativas para reforçar distanciamento social
- Sentar-se sempre em posição fixa no local de trabalho, em ônibus, refeitórios e em áreas de descanso para possibilitar a identificação de quem teve contato próximo em caso de transmissão;
- Reduzir a lotação de elevadores;
- Privilegiar reuniões por teleconferência;
- Escalonar os horários e intervalos de início e término do turno, considerando jornadas de trabalho menores nos primeiros meses.

Comunicação, treinamento e orientações
- Comunicar protocolos aos trabalhadores antes do retorno ao trabalho;
- Realizar treinamentos e encontros virtuais para passar orientações sobre novos procedimentos;
- Implementar medidas de comunicação em pontos estratégicos no ambiente de trabalho, como locais coletivos, em equipamentos de uso coletivo e em estações de trabalho;
- Veicular protocolos nos canais de comunicação institucionais;
- Reforçar comunicação positiva e que apoie sentimentos de esperança e engajamento nas medidas de proteção.

- Manter trabalhadores de grupo de risco preferencialmente em teletrabalho. Se não for possível, priorizar a esses funcionários trabalho interno sem contato com clientes;
- Adotar medidas de proteção individual no trabalho presencial, como uso de máscaras e higienização de mãos, calçados e dos materiais usados nos postos de trabalho;
- Adotar medidas de cuidados com a saúde mental, como o estímulo a iniciativas em que trabalhadores se apoiem mutuamente nas dificuldades.

- Imunizar trabalhadores contra a gripe;
- Monitorar pessoas assintomáticas por meio do telemonitoramento e controle térmico;
- Acompanhar casos sintomáticos por meio de teleatendimento, teleconsulta e testagem;
- Acompanhar a recuperação de pacientes com covid-19 e retorno ao trabalho por meio de orientações de isolamento, teleacompanhamento e testagem.

- Identificar precocemente contaminação por covid-19 do ambiente de trabalho por meio de testagem;
- Rastrear populações com anticorpos por meio do teste imunológico;
- Identificar contextos de maior contaminação, grau de subnotificação e impacto da covid-19 na saúde do trabalhador;
- Desenvolver projetos pilotos para enfrentamento da covid-19 e de seus impactos na saúde do trabalhador.

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