A Confederação Nacional da Indústria (CNI), por meio da Rede Brasileira de Centros Internacionais de Negócios (Rede CIN), e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) renovaram parceria para promover a inserção de empresas brasileiras no comércio internacional. Ao longo de dois anos, serão investidos R$ 14 milhões em missões prospectivas, comerciais, encontros de negócios no Brasil e no exterior, além de apoio ao investidor estrangeiro. A meta é atender 1,3 mil empresas, sobretudo de pequeno e médio portes. As ações devem resultar em R$ 900 milhões em negócios.
A expectativa do convênio é fortalecer a atuação de mais de 300 empresas no exterior e contribuir para a internacionalização de cerca de 1 mil indústrias. "A cooperação entre CNI e Apex-Brasil tem buscado a promoção de negócios, a ampliação da base de empresas brasileiras exportadoras e o fortalecimento da imagem do Brasil como um player de relevância nos mercados internacionais", afirma o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi.
Em 2017, estão previstas 27 ações - 15 no Brasil e 12 no exterior. A iniciativa prioriza o desenvolvimento de oito setores industriais: alimentos e bebidas, têxtil e calçados, máquinas e equipamentos, móveis e madeira, construção, químicos e farmoquímicos, além de tecnologias da informação e comunicação.
RESULTADOS - A CNI e a Apex-Brasil mantêm a parceria para apoiar a internacionalização desde 2008. Na última edição do convênio, entre 2015 e 2016, foram investidos R$ 10,5 milhões em ações que beneficiaram 1,6 mil empresas. Dessas, 300 se tornaram exportadoras e movimentaram R$ 1 bilhão em negócios no exterior.
Desde 2008, mais de 6 mil empresas foram beneficiadas pela parceria entre a CNI e a Apex-Brasil. Entre elas está a Maryne, indústria paraense de alimentos. A Maryne produz alimentos congelados como pão de queijo, pão francês, salgados, biscoito três queijos e chipa paraguaia. A empresa existe há 23 anos e foi fundada pela mãe do empresário Délcio Sá, Maryanne Mendes, que começou vendendo pão de queijo caseiro.
O negócio cresceu e ela alugou um salão para aumentar a produção, contratou funcionários e depois fundou a indústria. Hoje, a fábrica vende para as regiões Norte e Nordeste e está em negociação para começar a vender para a região Centro-Oeste. Em 2015, a empresa começou a desenvolver o plano de exportação com a Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), amparada pelo convênio entre CNI e Apex-Brasil. O empresário fez cursos e treinamentos. Aprendeu sobre merchandising, marca, embalagem e o passo a passo para exportar. No começo de 2016, começou a vender para os Estados Unidos. Agora, a empresa está em negociação para vender para México, Paraguai e países da África.