O EEBA 2018 reuniu empresários brasileiros e alemães na cidade de Colônia, na Alemanha
O vice-ministro do Ministério das Relações Exteriores (MRE), embaixador Marcos Galvão, reforçou, no encerramento do 36º Encontro Econômico Brasil Alemanha (EEBA), a disponibilidade do Brasil e de seus parceiros do Mercosul para trabalhar na conclusão de um acordo em julho, caso haja disposição da União Europeia. “Não achamos que o tempo esteja esgotado. Sabemos que ainda é possível se o outro lado estiver disposto a fazê-lo, se tiver vontade política para tanto”, enfatizou. Segundo Galvão, o EEBA reafirma a força da relação entre Brasil e Alemanha, e que esse relacionamento não deve cair “numa inércia burocrática”. “É importante que revitalizemos essa relação com injeção de ânimo político”, disse.
O secretário de Estado parlamentar no Ministério Federal de Economia e Energia (BMWi), Thomas Barei, elogiou as discussões bem direcionadas e baseadas na confiança. “Tudo foi muito prático e específico, resolvendo ponto por ponto. Temos desafios e filosofias diferentes, mas tudo pode ser superado”, completou.
Para o membro da Gerência-Geral da Federação das Indústrias Alemãs (BDI), Stefan Mair, os dois dias do encontro foram de intensas discussões sobre temas como digitalização, Indústria 4.0, eletrificação do sistema ferroviário, agronegócio e saúde.
Já o co-presidente da Comissão Conjunta pelo Brasil e presidente da Bayer Brasil, Theo Van der Loo, disse que houve pequenos avanços em temas importantes, como o término da bitributação. Além disso, ele espera que no próximo ano já seja possível realizar uma reunião de alta cúpula, como ocorreu há alguns anos quando a chanceler alemã, Angela Merkel, esteve no Brasil.
A cerimônia de despedida de Colônia também serviu como oportunidade para que o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN), Amaro Salles de Araújo, convidasse os participantes para o próximo EEBA, a ser realizado em Natal (RN). “Contem com o mais apurado entusiasmo para fazermos de Natal, terra dos Reis Magos, cidade do sol, a capital da amizade entre alemães e brasileiros”, disse.
Araújo destacou algumas oportunidades para investidores no Nordeste, como os setores de carcinicultura (criação de camarão), energias renováveis, fruticultura irrigada, mineração, pesca oceânica, petróleo e gás, sal marinho e turismo. “Tenho especial convicção de que, com nossa proximidade, bons e visíveis frutos serão colhidos a cada etapa da relação institucional a ser iniciada entre nossos Estados, empresas e instituições. Desejamos que o Rio Grande do Norte se torne uma terra alemã, fora do território alemão”, concluiu.
EEBA – O 36º Encontro Econômico Brasil Alemanha (EEBA) é organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pela BDI, com apoio da Prefeitura de Colônia e da Câmara Brasil-Alemanha de São Paulo (AHK São Paulo). O evento ocorre de forma intercalada entre os dois países.
Neste ano, cerca de 260 participantes brasileiros estão em Colônia. A delegação empresarial brasileira é liderada pelo vice-presidente da CNI Paulo Tigre e conta também com a participação dos presidentes das Federações Estaduais das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN), Amaro Sales de Araújo; de Santa Catarina (FIESC), Glauco José Côrte; do Rio Grande do Sul (FIERGS), Gilberto Petry; de Roraima (FIER), Rivaldo Neves; do Maranhão (FIEM), Edílson Baldez; e de Minas Gerais (FIEMG), Flavio Roscoe. Integram ainda a comitiva o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi, e os diretores regionais do SENAI do Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Roraima e Santa Catarina.
