Brasil precisa de celeridade em procedimentos de importação e exportação, afirma diretor da CNI

"Produtos brasileiros precisam de condições que promovam maior acesso aos mercados externos", disse Carlos Abijaodi (diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI) na abertura do Encontro Nacional de Comércio Exterior (ENAEX)

"É necessário agilizar os despachos, consolidar e simplificar a complexa rede de normas que se aplicam ao Comércio Exterior brasileiro" - Carlos Abijaodi

Os produtos brasileiros precisam de condições que promovam maior acesso aos mercados externos e mais qualidade de participação nas Cadeias Globais de Valor. Esse foi um dos recados do diretor de Desenvolvimento Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Carlos Abijaodi durante a abertura do Encontro Nacional de Comércio Exterior (ENAEX), realizado nesta quinta-feira (22) no Rio de Janeiro.

Durante discurso, Abijaodi chamou atenção para quatro áreas em que têm se debruçado para aumentar o fluxo de comércio do Brasil. A primeira delas é a facilitação de comércio. “É indispensável modernizar e tornar mais céleres os procedimentos de importação e exportação no Brasil. Para isso, é necessário agilizar os despachos, consolidar e simplificar a complexa rede de normas que se aplicam ao Comércio Exterior brasileiro”, afirmou. Abijaodi disse ainda que a agenda de facilitação de comércio, em discussão na OMC, pode criar um arcabouço importante com regras previsíveis e aplicáveis multilateralmente.

SERVIÇOS E ACORDOS – Para Abijaodi, o setor de serviços é o segundo ponto importante de atenção. O setor deve ser alvo de políticas específicas, tanto do ponto de vista da melhoria das condições para a exportação quanto para a competitividade da indústria. Atualmente, os serviços já representam o maior custo na agregação de valor da produção industrial e das exportações do Brasil.

A necessidade de se ampliar a rede de acordos comerciais do Brasil também é um fator considerado fundamental pela indústria. “Isso demanda um posicionamento mais ativo do país em negociações bilaterais. Nossos acordos são limitados e os produtos brasileiros tem perdido competitividade também pelas preferências tarifárias que nossos parceiros conferem a terceiros países em novos acordos celebrados”, garantiu.

INTERNACIONALIZAÇÃO – Último ponto destacado por Abiajaodi considera importante “coordenar a agenda de fomento aos investimentos das empresas brasileiras no exterior”. Segundo ele, a internacionalização das empresas brasileiras deve ser acompanhada do apoio e da facilitação aos investimentos no exterior. Empresas internacionalizadas exportam mais, conseguem acessar mercados com maior facilidade e têm à sua disposição uma maior gama de opções para financiamento e acesso à inovação e desenvolvimento tecnológico.


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