Agenda de cooperação regulatória precisa ser aprofundada para ampliar comércio entre Brasil e Estados Unidos, diz CNI

A convergência da regulação e seu impacto sobre os setores privados dos dois países foi tema do seminário Cooperação Regulatória Brasil-EUA

“A redução de divergências desnecessárias em regulamentos pode trazer mais crescimento e competitividade para fluxos de comércio” - Carlos Abijaodi (ao centro)

Um conjunto de regras estável e transparente para regular mercados é fator intrínseco a um bom ambiente de negócios. No contexto internacional, a compatibilidade entre essas regras serve de estímulo ao comércio e investimentos entre países. Com o intuito de ampliar o intercâmbio econômico entre o Brasil e os Estados Unidos, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) reforçou a necessidade da construção de uma agenda de cooperação regulatória que simplifique processos e regras para que empresas brasileiras e norte-americanas ampliem o volume de negócios nos próximos anos. 

A convergência da regulação e seu impacto sobre os setores privados dos dois países foi tema do seminário Cooperação Regulatória Brasil-EUA , realizado pela CNI, nesta quinta-feira (18), em Brasília. Esse é um ponto crucial na discussão de um eventual acordo comercial com os Estados Unidos, proposta considerada prioritária pela indústria brasileira. “A redução de divergências desnecessárias em regulamentos pode trazer mais crescimento e competitividade para fluxos de comércio”, disse o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Eduardo Abijaodi, na abertura do evento. 

DIÁLOGO – O seminário faz parte dos encontros preparatórios, entre governo e setor privado, para a visita da presidente Dilma Rousseff aos Estados Unidos, marcada para o fim de junho. No evento, representantes do setor privado destacaram a necessidade de ampliar a cooperação como forma reduzir o impacto de barreiras não tarifárias sobre a exportação de produtos brasileiros, que não se enquadram a regulamentos ou padrões exigidos por outros países. 

O diretor do Departamento de Negociações Internacionais do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Márcio Lima, adiantou que avanços nessa agenda devem ser anunciados durante a viagem presidencial. Segundo ele, o governo tem mapeado setores da economia brasileira interessados em harmonizar regras e regulamentos entre Brasil e Estados Unidos para que possam ampliar o comércio bilateral nos próximos anos. “A convergência regulatória é plano A dentro do governo, não é plano B. Isso deve ser parte de um diálogo mais amplo entre os dois países”, disse. 

SAIBA MAIS - Conheça a proposta apresentada pela indústria ao governo sobre qualidade regulatória

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