Federação das Indústrias do Amazonas comemora 58 anos com obras no SESI e no SENAI

O presidente FIEAM, Antonio Silva, anunciou novos laboratórios do Instituto SENAI de Inovação em Microeletrônica

A Federação das Indústrias do Estado do Amazonas atua como fórum permanente das discussões estratégicas para o fortalecimento da indústria

O presidente do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), Antonio Silva, anunciou nesta quinta-feira (2) que o estado vai ganhar, ainda este mês, novos laboratórios do Instituto SENAI de Inovação em Microeletrônica. O SESI do Amazonas também será beneficiado com obras que devem ser concluídas ainda em agosto. Os anúncios fazem parte da programação de aniversário dos 58 anos da FIEAM, comemorados nesta sexta-feira (3).

Em funcionamento desde setembro de 2014, por meio do Laboratório Aberto, na Escola SENAI Antônio Simões, no Distrito Industrial, o Instituto SENAI de Inovação em Microeletrônica faz parte de uma rede formada por 25 institutos já implantados em 12 estados do país, cada um especializado em uma temática diferente. No SENAI Amazonas, o instituto tem um papel estratégico no desenvolvimento de novas tecnologias e na modernização da indústria brasileira.

Na nova estrutura do Instituto de Inovação vão funcionar os laboratórios de Sistemas Inteligentes e Caracterização Elétrica, Encapsulamento de Semicondutores e Confiabilidade e Caracterização de Materiais, entre outros. Haverá ainda sala para pesquisadores, diretoria e de reunião. 

CENÁRIO ECONÔMICO - Como convidado especial nas comemorações dos 58 anos, o gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, apresentou a palestra “A encruzilhada da economia brasileira: o momento atual e as perspectivas pós-eleições”, com base em pesquisa divulgada recentemente pela CNI, que mostra um cenário econômico nada promissor para o Brasil, com índice elevado de desemprego e um déficit fiscal crescente. Isso, segundo ele, evidencia a falta de reformas prioritárias, como a Previdenciária. “A reforma da Previdência é crucial para esse esforço, mas não é por si suficiente”, frisou o executivo.

Em outra palestra, com o tema voltado à inovação na Zona Franca de Manaus, o diretor de P&D e Relações Governamentais da empresa Positivo, José Goutier Rodrigues, falou sobre as alterações na Lei de Informática. De acordo com Rodrigues, o Amazonas vai sofrer os reflexos dessas  mudanças com a principal perda de benefícios de IPI, fazendo com que as empresas percam o interesse em investir, ficando concentradas em São Paulo, base forte da indústria.

“Nosso interesse é isonomia, temos que ter benefícios igualitários para mantermos essa base industrial pujante que tem no Amazonas”, frisou Rodrigues.

Estiveram presentes na sede da FIEAM, o deputado estadual Orlando Cidade, representando a Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Amazonas (FAEA), Muni Lourenço, o presidente da Associação Comercial do Amazonas (ACA), Ataliba Filho, e o representante da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias do Estado do Amazonas, Ricardo Miranda.

“A reforma da Previdência é crucial, mas não é por si suficiente”, frisou Flávio Castelo Branco

A FIEAM - Fundada em 3 de agosto de 1960, por pioneiros da indústria amazonense, como Abrahão Sabbá, Moysés Israel e Antônio Simões, a Federação das Indústrias do Estado do Amazonas atua hoje como fórum permanente das discussões estratégicas para o fortalecimento da indústria, em defesa do desenvolvimento social e econômico, com a consolidação do modelo Zona Franca de Manaus e a construção de novas matrizes econômicas para o estado do Amazonas.

Ao longo de quase 60 anos é possível observar a transformação da cadeia produtiva local, da fase inicial como processadora de matérias-primas regionais aos pilares atuais da economia, centrada nos polos eletroeletrônico e de duas rodas, principalmente.

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