Veja como foram os painéis desta manhã no Encontro Nacional da Indústria

Evento ocorre no CICB, com presença de 1.200 pessoas. Primeiro painel vai discutir o futuro da inovação na indústria e o segundo será sobre a economia de baixo carbono

O primeiro painel teve participação de Maurílio Albanese Novaes Júnior, da Embraer; Pedro Wongtschowski, do Grupo Ultra e Ronan Damasco, da Microsoft Brasil

Começou mais uma edição do Encontro Nacional da Indústria (ENAI) e por aqui você acompanha em tempo real os principais debates do evento, que ocorre no Centro Intenacional de Convenções do Brasil (CICB). Cerca de 1.200 pessoas participam presencialmente, mas os debates também são transmitidos ao vivo pelo Youtube da CNI.

O ENAI é o evento mais abrangente de mobilização da indústria. Promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a 13ª edição tem como tema "O desafio da década: construindo o Mapa Estratégico da Indústria 2023-2033”. O Mapa Estratégico da Indústria é um documento elaborado pela CNI com o apoio de representantes das federações estaduais e associações setoriais, que reúne diretrizes para ações ou políticas públicas, com o objetivo de tornar a indústria brasileira mais competitiva, inovadora e sustentável.

O encontro terá seis painéis ao todo, com temas como inovação, economia de baixo carbono, política industrial e educação.

Além disso, o ENAI conta com dois espaços talks, para apresentação e bate papo sobre as principais ações no âmbito do Mapa Estratégico da Indústria 2018-2022 e exposição de produtos e serviços da CNI, SESI, SENAI e IEL.

12:21 - Acaba aqui mais um painel do ENAI. Obrigada pela companhia e até depois do almoço!

12:18 - Marina Willisch: ao mesmo tempo que a gente pensa nas reformas estruturantes, a gente não pode perder oportunidades das micro alterações, pequenos ajustes que podem ser feitos por decretos e acordos bilaterais, por exemplo.

12:17 - Diante da complexidade de o Brasil realizar uma reforma tirbutária ampla, João Carlos Brega defende a simplificação tributária, a transformação do modelo atual em um modelo amigável ao investidor e às empresas. “Todos nós sabemos quantas horas são gastas em tributação para continuarmos expostos”, alerta.

12: 16 - Fleury: o terceiro cenário é pensar as cadeias globais na perspectiva de sustentabilidade. O quarto objetivo é a resiliência. "É garantir que as fornecimento garantam a entrega de bem estar social." Nesse cenário, se incluem políticas de compras públicas e fornecedores próximos.

Fleury diz que é fundamental mapear as cadeias globais porque elas são um fator essencial na globalização

12:15 - Fleury: o segundo objetivo é aumentar captura de valor, para o qual são necessárias políticas de ciência, tecnologia, inovação e educação, além de políticas que visam reduzir o risco de empresas brasileiras quando comparadas a empresas estrangeiras.

12:14 - Fleury afirmou que existem hoje 4 cenários para pensar políticas de cadeias globais. O primeiro é a  expansão pura e simples das cadeias e a inserção do país nessas cadeias. Para isso, são necessárias políticas que melhorem o ambiente de negócios, a infraestrutura e o comércio internacional.

12:12 - Lythia Spíndola acrescenta ainda outros pontos, como as relações trabalhistas, a insegurança jurídica e a necessidade de maior segurança na cadeia de suprimentos. Ela pergunta sobre a importância de os acordos de comércio que visam ampliar a rede do país junto aos países do Mercosul e da União Europeia e quais as reformas mais relevante.

12:10 - Para as palavras finais dos palestrantes, Lythia Spíndola comenta sobre o ônus da carga tributária brasileira que retira competitividade do Brasil tanto no mercado interno, na competição com produtos internacionais, quanto nas estratégias de exportação.

Marina Willisch defende a criação de políticas públicas eficientes para setores com potencial e também aos setores prejudicados

12:05 - De acordo com Willisch, para que o Brasil aumente a escala e tenha uma produção eficiente é preciso "criar políticas públicas eficientes para setores que tenham potencial e também para setores muito prejudicados". Ela citou a revisão do sistema tributário como uma das principais medidas necessárias para que a região seja competitiva.

12:00 - Willisch ressaltou a importância de alinhamento às regras internacionais para que o Brasil complete a acessão à OCDE, especialmente alterar as normas de preços de transferência e descomplicar o sistema tributário. "Temos que ser mais perto do mundo e reduzir a jaboticaba". Ela acredita que é preciso analisar as localizações de toda cadeia produtiva e pensar em escala. "Se ganha eficiência e custo em escala. Ninguém vai comprar um produto de mesma qualidade mais caro só porque está perto." Para isso, é preciso pensar em como trazer insumos de maneira mais barata.

11:58 - Marina Willisch: temos uma indústria forte, com vários setores em várias escolas, muitas commodities, um mercado consumidor grande, uma academia forte. Temos potencial para nos inserirmos nas cadeias globais de valor.

11:55 - Afonso Fleury pontua que o Brasil não está completamente fora das cadeias globais de valor. “A questão da captura de valores na cadeia global de valor é importante, o que nós do grupo não imaginávamos foi a emergência das multinacionais dos países hospedeiros, tanto China quanto o Brasil começaram a ter multinacionais com posição fortes nas cadeias globais de valores que criam esse efeito de repatriação de conhecimento”, pontuou Afonso Fleury.

Brega afirmou que é preciso pensar de maneira pragmática e rever "decisões de investimento baseadas em um manicômio fiscal"

11:50 Brega: "Temos que começar a seguir governança internacional, estarmos alinhados com regras da OCDE que facilitam regular o comércio internacional".

11:49 - Brega: “As vantagens de estar inserido novamente nas cadeias globais são obras de desenvolvimento social, de crescimento e geração de riqueza”, destacou João Carlos Brega sobre os benefícios da reinserção do Brasil nas cadeias globais de valor. Contudo, o presidente da Whirpool Latin America, ressalta a importância de internacionalização da indústria brasileira nesse processo: “do ponto de vista de oportunidade, nossa cabeça não pode e deve focar no mercado consumidor brasileiro, mas sim na capacidade de exportar, estar inserido significa que nosso país é competitivo suficiente para que possamos exportar”.

11:47 - Lytha perguntou o que as empresas e o governo precisam fazer para estimular a inserção mais competitivos do Brasil no comércio internacional.

11:45 - Fleury: "o reshoring é a ideia de que as multinacionais vão trazer o fornecimento para o mais preto possível para não ficar associadas a vulnerabilidade geopolíticas ou de fenômenos naturais." Para o especialista, é fundamental mapear as cadeias globais porque elas são um fator essencial na globalização.

11:42 - Afonso Fleury afirmou que na década de 1990 as multinacionais dos países avançados começaram a reestruturar a produção. "Nesse movimento amplo de subcontratação, elas começaram  a criar as cadeias globais de valor e até 2008 essas cadeias globais se expandiram e ficaram extremamente complexas", afirmou. A partir da crise econômica de 2008, ocorreram novas mudanças e a resiliência passou a ser um fator chave. "Como eu monto a cadeia para que ela consiga voltar ao normal se algum evento inesperado ocorrer?", questionou. Essa questão foi intensificada na pandemia.

11:38 - Sobre os benefícios da maior integração comercial do Brasil nas cadeias globais, Marina Willisch ressalta que, além das vantagem de trazer investimento, criação de emprego e renda e maior receita para o Governo, há a oportunidade de trazer tecnologias novas. “É uma oportunidade de se reinserir também nas cadeias de consumo. É mais interessante estar perto do consumidor. Essa reinserção vai prover produtos melhores, mais eficientes, mais baratos, produzidos com menor custo, incentivando o consumo mais sustentável, mais consciente e condizente com as nossas necessidades”.

Lytha Spíndola afirma que as políticas públicas são fator chave para ativar investimentos

11:37 - Para Lytha Spíndola, o Brasil tem uma oportunidade de se reinserir nas cadeias globais de valor, mas isso depende fatores como segurança jurídica, ambiente amigável aos negócios, regras trabalhistas e ambientais seguras, infraestrutura e logísticas, capacidade de mão de obra e acesso a ensino e inovação. "As políticas públicas são fator chave para ativar investimentos.  Nesse processo, o Brasil deve dar atenção às vantagens de que dispões não só pelo tamanho do mercado mas principalmente pelo seu potencial de sustentabilidade e  valiosa posição geopolítica das Américas", afirmou.

11:33 - Lytha Spíndola, diretora de Desenvolvimento Industrial e Economia da CNI, afirmou que as recentes mudanças nas cadeias globais de valor, afetadas pela pandemia e pela guerra na Ucrânia, motivaram uma reversão na integração comercial em escala global. "Crescem preocupações com segurança nacional, assim como as iniciativas  e realocar produção, motivadas pelos temores da escassez de suprimentos e pela excessiva dependência de países asiáticos", afirmou.

3º painel do ENAI aborda o tema “Reformulação das cadeias globais de valor e integração internacional”

11:26 - Começa o 3º painel do ENAI, com o tema “Reformulação das cadeias globais de valor e integração internacional”. Participam Afonso Fleury,  PhD e professor titular da Universidade de São Paulo (Poli-USP) e pesquisador colaborador do Centro de Estudos em Competitividade Internacional da Fundação Getúlio Vargas (FGVcei); João Carlos Brega, presidente da Whirpool Latin America; e Marina Willisch, vice-presidente de Relações Governamentais e Comunicação da General Motors da América do Sul. A moderação está a cargo da diretora de Desenvolvimento Industrial e Economia da CNI, Lythia Spíndola.

11h23 - Mônica fecha o painel falando que temos oportunidades e devemos aproveitar o momento e investir no mercado de carbono.

11h22 - Leandro finalizou destacando que não adianta o país parar de emitir gás e continuar usando de forma inadequada seus recursos naturais.  “Todos tem que colaborar mais. Eu acredito no potencial do Brasil, mas para isso temos que uma agenda única, sustentável e inclusiva”, disse.

11h19 - Maria conclui e cita o “momento único global” que estamos vivendo. A volta ativa do mercado. A “desglobalização”. A industrialização agregando valor a uma coisa que temos e outros emergentes não: a oportunidade de valorizar a sustentabilidade por meio da indústria.

11h18 - Suzana finalizou suas considerações falando da importância de identificar as vocações e de maior integração entre os setores: academia, setor privado, setor financeiro e governo. “Esse conjunto tem que trabalhar junto, de forma mais harmoniosa”, disse.

11h15 - Leandro Santos explica também que "Temos oportunidade de fazer essa transição nos próximos 10 anos. Isso é possível porque temos os recursos, mas precisamos pensar no novo, precisamos investir nessa mudança econômica."

11h14 - Leandro Santos fala que "Qualquer um de vocês consegue fazer essa transição com um pouco de investimento e planejamento. A gente precisa de um novo modelo econômico. Uma economia circular."

11h12 - O vice-presidente da Flex Brasil, Leandro Santos, foi questionado sobre os principais desafios e oportunidades na agenda de descarbonização. Ele respondeu: "A gente está no Brasil e temos três pilares que poucos países tem. Tem uma academia qualificada para inovações e tecnologias. Temos uma indústria bem representada. E por fim temos o mercado, temos uma boa economia."

O debate teve rodadas de perguntas relacionadas ao tema Economia de Carbono.

11h11 - Maria Netto ressaltou ainda sobre a necessidade de o Brasil avançar nas iniciativas de descarbonização da indústria. “Isso tem que acontecer no Brasil também, é uma oportunidade de competitividade”, disse.

11h10 - Ela defendeu maior flexibilização da regulação financeira. O mercado precisa ter mais clareza sobre como precificar o carbono, entender o que se entende por “verde”. “Esse mercado é bastante incipiente e precisa de mais mecanismos de transparência e clareza para saber como precificar e entrar nesse mecanismo”, disse.

11h08 - A pergunta seguinte, direcionada à Maria Netto, do New Development Bank (NDB), foi “Como o financiamento pode atuar de forma mais efetiva na redução de GEE?”.

11h05 - "Nos falta muito mais organização e o planejamento. Não são recursos, nem inteligência, nem mão de obra. A gente tem toda condição de nos tornarmos líderes no mundo nessa economia.", fala Suzana. 

11h03 - Suzana explica que "A gente precisa encontrar a vocação da nossa indústria nesse mercado de carbono. Nós podemos ser inovadores. É um absurdo vermos nossos profissionais indo embora do país, sendo que eles poderiam estar aqui desenvolvendo o Brasil. Toda competência instalada aqui, toda capacidade, robótica, inteligência artificial, entre outros, devem ser utilizadas na indústria e além dela."

11h01 - Suzana Kahn Ribeiro, diretora do centro Brasil China da COPPE/UFRJ, fala sobre o impacto desigual do crescimento global citado no relatório do IPCC. 

Leandro destacou que a economia circular é um modelo para a economia de baixo carbono.

11h - Leandro finalizou sua fala explicando porque a Flex está atuando dessa forma no Brasil. “Porque estamos no Brasil e temos que aproveitar essa oportunidade. São poucos os países que podem desenvolver esse modelo econômico, mais sustentável para o meio ambiente”, afirmou.

10h59 - Leandro Santos destacou que a economia circular é um modelo para a economia de baixo carbono e explicou o que a empresa tem feito nesse sentido. “As fábricas não geram resíduo eletrônico. Conseguimos transformar 800 toneladas de resíduo eletrônico em matéria-prima que pode ser reutilizada”, disse.

10h57 - “A Flex é uma empresa que tem a sustentabilidade e a inovação no seu DNA”, disse Lenadro. “O Brasil é muito avançado nessas questões também. E essas são vantagens para esse novo mundo, que precisa crescer de maneira sustentável, incluindo quem ficou para trás”, destacou.

10h56 - Em seguida, o vice-presidente da Flex Brasil, Leandro Santos, respondeu à pergunda “Como a Flex posiciona sua estratégia na agenda de baixo carbono?”

10h55 - O Brasil é muito inovador em termos de finanças sustentáveis, mas esse aspecto ainda é uma parte muito pequena, destacou Maria Netto. “É uma oportunidade para trabalhar junto e criar mercado financeiro com opções. O mercado de carbono, por exemplo, Podemos oferecer o crédito e ajudar indústrias que não conseguem sozinhas compensar as emissões”, disse.

Maria Netto fala que temos muito potencial energético que ainda não foi explorado.

“O potencial genético do Brasil é tremendo e não foi explorado ainda”, disse Maria Netto, dando um exemplo de oportunidade.


10h53 - Maria Netto fala que "Somos um país inovador e já avançamos bastante. No mercado verde, o Brasil já investiu mais de 27 mil dólares em títulos verdes. Isso para mim é uma oportunidade. A gente pode oferecer o crédito de carbono. Ensinar as instituições que não sabem fazer isso ainda. Mas precisamos de regulação, taxonomia, clareza para acionar na dimensão certa."

10h52 - Maria Netto fala que "O Brasil é agro, mas não é só agro. Temos muito potencial com tecnologia. Com combustíveis. Temos muito potencial energético que ainda não foi explorado. A gente também vê uma tendência na economia. A gente viu o mercado de capital bombar. O mercado de títulos verdes."


Maria Netto falou sobre como a sustentabilidade pode se converter em competitividade, industrialização e oportunidade, particularmente nesse momento de retomada econômica.


10h51 - Maria Netto: "Mas também existe uma oportunidade que a sustentabilidade traz. Como, aqui no Brasil, estamos olhando para as oportunidades, para as linhas de financiamento climático disponíveis, para os outros países?"

10h50 - Maria Netto: "Existe uma preocupação da mudança ambiental no sistema financeiro. Mas também existe uma oportunidade que a sustentabilidade traz.  Como, aqui no Brasil, estamos olhando para as oportunidades, para as linhas de financiamento climático disponíveis, para os outros países?"

10h49 -  Maria Netto: "As estatísticas mostram que os fluxos de investimentos climáticos são domésticos. O que quero dizer com isso, que já vamos uma tendência: a sustentabilidade se converte num tema muito importante de competitividade e inovação. O custo é alto."

10h48 - A chefe de Divisão de Instituições Financeiras e Mercados do New Development Bank (NDB), Maria Netto, foi a segunda a falar no painel.

Suzana Kahn Ribeiro explica que o desenvolvimento sustentável é a melhor forma de reduzir os gases do efeito estufa.

10h47 - Todos os setores econômicos têm inúmeras possibilidades para reduzir os gases de efeito estufa, disse Suzana, com amplas possibilidades de estimular uma economia de baixo carbono. Ela destacou as fontes de energias renováveis e a bioeconomia como exemplo.

10h42 - “A melhor forma, é o desenvolvimento sustentável, tanto para enfrentar como para mitigar os efeitos das emissões de GEE. As emissões estão aumentando, mas não na mesma intensidade se medidas não tivessem sido tomadas”, destacou Suzana Kahn Ribeiro. 

10h40 - Suzana Kahn Ribeiro, diretora do centro Brasil China da COPPE/UFRJ, foi a primeira painelista a falar.  Ela respondeu à pergunta: Qual o papel do Brasil na redução de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE)?

10:38 - Mônica pergunta: Como você enxerga a participação do Brasil na redução das emissões de Carbono com base no relatório do IPCC?

10h35 - Mônica Messenberg, diretora de Relações Institucionais da CNI, deu as boas-vindas aos participantes, agradeceu a presença, fez um balanço sobre as mudanças na emissão de Carbono e apresentou o e-book “Critérios ESG e Soluções Financeiras”, produzido com o objetivo de disseminar informações e elevar o desempenho das empresas em aspectos ambientais, sociais e de governança.

10h33 - Começa agora o 2º  painel do ENAI, com o tema "Economia de Baixo Carbono". Participam Maria Netto, chefe de divisão de instituições financeiras e mercados do New Development Bank (NDB), Suzana Kahn Ribeiro, diretora da COPPE/UFRJ e Leandro Santos, vice-presidente da Flex Brasil. Como moderadora, há a presença da Mônica Messenberg, diretora de Relações Institucionais da CNI. 

10:31 - Chega ao fim o primeiro painel. Obrigada pela audiência!

10:30 - O líder do Desenvolvimento Tecnológico da Embraer citou que é preciso fazer valer o descontingenciamento do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), que teve uma lei aprovada a partir de ampla participação do segmento industrial

Maurílio pontuou que a indústria é a grande impulsionadora da pesquisa, do desenvolvimento e da inovação

10:28- Maurílio Júnior disse que tem uma visão otimista de futuro. Ele afirmou que a tríplice hélice precisa ser fortificada sempre, com atenção a academia. Mencionou ainda que há bons exemplos como programas de engenharias fortes e políticas públicas. “A questão hoje é mais de escala do que tecnológica, da oportunidade de se investir. Precisamos apoiar esse movimento indústria, governo e academia”, enfatizou.

10:26 - Wongtschowski, do Grupo Ultra, lamentou a baixa valorização da academia, que sofre com cortes de recursos. “A universidade gera ideias, conhecimento, debate, visões heterodoxas, cria desconforto e isso é importante. E ela precisa formar pessoas qualificadas, inconformadas, com enfoques alternativos.”

10:24 - Para encerrar o painel, a diretora da CNI Gianna provocou os participantes sobre a articulação do setor empresarial, governo e academia. “Qual o papel de cada um na formulação de uma política de inovação robusta, de longo prazo e com financiamento?”

10:22 - Ronan Damasco disse que, hoje, todo o cálculo de eficiência de carbono é feito digitalmente. Ele mencionou como a indústria de tecnologia da informação colabora com a mudança de processos. “Um exemplo é o PIX que está aí e, em breve, vamos estar com o dinheiro eletrônico, o real digital. Então, a indústria de tecnologia da informação entra com instrumentos não só com meios financeiros para viabilizar essa transformação”, destacou. Ele acrescentou que essa indústria já colabora para que as empresas tenham mecanismos para serem sustentáveis e mais eficientes.

10:17 - Pedro Wongtschowski detalhou os três pilares do ESG - sigla em inglês para “environmental, social and governance”. “Na questão ambiental, há duas demandas. Uma é pública, de governo, dos compromissos que o país assumiu no Acordo de Paris. A segunda é a demanda do consumidor. As empresas precisam começar a agir agora”.

Acerca da responsabilidade social, segundo ele, há espaço para melhorar, principalmente no que tange à diversidade e inclusão. “Diversidade traz visões e comportamentos diferentes, aumenta criatividade e melhora ambiente de trabalho”. No último aspecto, o presidente do Grupo Ultra destacou a isonomia competitiva. “Não consigo competir com alguém que não segue as regras, as regulações. É um prejuízo à competição legal ter empresas que estão a margem.”

Pedro Wongtschowski defende que as empresas precisam agir o quanto antes para alcançar os três pilares da ESG

10:11 - Sobre a área de aviação, o líder do Desenvolvimento Tecnológico da Embraer, Maurílio Albanese, disse que o modo como vamos hoje vai mudar completamente nos próximos 30 ou 50 anos, com alteração nos combustíveis.

10:09 - A moderadora Gianna Sagazio perguntou como a indústria pode ser mais sustentável.

Maurílio, primeiro a responder, afirmou que a economia de energia, otimização de processos e de máquinas certamente reduz o consumo de energia, de materiais e matérias-primas. “A realidade aumentada e virtual, por exemplo, colabora com o bem-estar das pessoas e evita problemas de saúde”.

10:08 -Estamos a um passo do metaverso, que vai permitir enriquecimento da colaboração. Já a internet das coisas reduz custos e traz ganhos de produtividade ao conectar mundo real e virtual. São inovações como gêmeos digitais (digital twin), treinamentos e operações à distância. A computação quântica parece algo futurístico, mas o Banco Central fez um estudo conosco sobre o PIX. E, na inteligência artificial, o dado sempre esteve lá, o que falta é a correlação, vislumbrar o futuro”, exemplificou Ronan Damasco.

10:06 - O diretor nacional de Tecnologia da Microsoft Brasil, Ronan Damasco, reconheceu que há um consenso da necessidade de inovação e de que o futuro é digital. Ele listou quatro exemplos de como a Tecnologia da Informação tem contribuído para a digitalização da indústria e da economia: colaboração, internet das coisas (IOT), computação quântica e inteligência artificial.

Ronan Damasco diz que há um consenso da necessidade de inovação e que o futuro é digital

9:56 - Maurílio mencionou o problema das evasões de cérebros de nosso país. “São pessoas que vêm se dedicando às pesquisas e ao desenvolvimento de tecnologias. Estamos competindo com países em que pessoas podem estar baseadas no Brasil e trabalhando para esse outro país, além da migração de brasileiros que já acontece há anos. Precisamos reter em nossas indústrias esse capital humano tão essencial para a inovação”.

9:53 - Maurílio Albanese Novaes Júnior, líder do Desenvolvimento Tecnológico da Embraer, pontuou que a indústria é a grande impulsionadora da pesquisa, do desenvolvimento e da inovação, e que faz o transbordo para toda a economia. “A inovação tem diferentes visões e necessidades para diferentes níveis de indústrias e empresas de nosso país. A inovação é fundamental. Se você quer sobreviver e ser sustentável (como indústria) a inovação se faz necessária, disse.

9:50 - Pedro Wongtschowski, presidente do Grupo Ultra, afirmou ser necessário convencer a sociedade brasileira de que a indústria é extremamente importante e tem que ser valorizada porque é ela que viabiliza o sucesso da economia brasileira. Ele completou que a inovação não é um objetivo em si, mas um meio. "O nosso objetivo, dos industriais, é ter produtos que atendam consumidor, tenham custo baixo, que possam concorrer no mercado internacional e passem por processos eficientes. Além de reduzir resíduos, consumo de água e de energia. A inovação é a forma de fazer com que isso seja possível, o meio de tornar a indústria competitiva e servir o consumidor e os outros setores".

Gianna Sagazio faz a moderação do painel

9:43 - A diretora de Inovação da CNI fez a primeira pergunta, que será respondida pelos três debatedores: "Na sua visão, qual a importância da inovação para a indústria e a economia brasileira?"

9:41 - Gianna Sagazio destacou que a inovação ainda não impulsiona a economia brasileira, apesar de haver consenso de que a inovação deve ser um vetor para o desenvolvimento do país. “Estamos entrando numa 5ª revolução industrial que coloca as pessoas e a sustentabilidade para que possamos avançar”.

9:39 - Começa o 1º painel do ENAI, com o tema “Inovação e Indústria 4.0”. Participam Maurílio Albanese Novaes Júnior, líder do Desenvolvimento Tecnológico da Embraer; Pedro Wongtschowski, presidente do Grupo Ultra e líder da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI); e Ronan Damasco, diretor nacional de Tecnologia da Microsoft Brasil. A moderação está a cargo da diretora de Inovação da CNI, Gianna Sagazio.

O primeiro painel do dia foi sobre Inovação e Indústria 4.0

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