SENAI à procura de soluções sustentáveis para o setor sucroenergético, em GO

A chamada Carbono Neutro no Setor Sucroenergético é promovida pelo SENAI HUB Goiás. Os interessados podem enviar propostas até 18 de outubro

Atenção startups, empresas de base tecnológica (EBT) e indústrias do setor sucroenergético de Goiás! A chamada Empreendedorismo Industrial – Startup Tech, promovida pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), está em busca de projetos com foco em redução das emissões de carbono na cultura da cana-de-açúcar no estado. Os interessados podem enviar propostas até 18 de outubro na Plataforma Inovação para a Indústria. Cada projeto resultante da conexão poderá ser financiado com recursos que totalizam ao menos R$ 150 mil.

A chamada Carbono Neutro no Setor Sucroenergético é promovida pelo SENAI HUB Goiás, vinculado à Confederação Nacional da Indústria (CNI), e terá apoio financeiro não reembolsável sob forma de cooperação. Todos os projetos selecionados deverão ser executados no período de até 12 meses a partir da assinatura de acordo de cooperação. A contratação deve ser realizada entre 5 de dezembro deste ano e 3 de janeiro de 2023.


“Queremos tornar o SENAI referência em inovação para empresas e startups brasileiras. O fomento de pesquisas traz um novo conceito para indústria, além de tornar a cadeia mais competitiva. Com isso, ganham sociedade e indústria com o desenvolvimento de soluções inovadoras, utilizando todo o capital humano e estrutural desta rede”, explica o diretor de Inovação e Tecnologia do SENAI Nacional, Jefferson Gomes.


Estimular a conexão de ofertas e demandas de maneira ágil e por temas estratégicos

A chamada busca criar conexões entre desafios de indústrias de médio e grande porte do setor sucroenergético goiano e soluções inovadoras trazidas por startups e empresas de base tecnológica que promovam a competitividade e sustentabilidade dos setores produtivos baseando-se em uma economia de baixas emissões de carbono.  

O intuito é alcançar a neutralidade nas emissões. Para tanto, serão disponibilizadas provas de conceito para testar soluções e alavancar recursos da indústria.

Públicos-alvo

  • Indústrias de médio ou grande porte, do setor sucroenergético goiano. As indústrias demandantes devem possuir a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) industrial primário de acordo com a lista de CNAE disponibilizada no site da Plataforma Inovação para a Indústria, ou ser contribuinte do SENAI e/ou do SESI.  
  • Startups de Base Tecnológica ou Empresa de Base Tecnológica (EBT) que possua Cadastro de Pessoa Jurídica (CNPJ) com até 10 anos de existência, anteriores a data de contratação do projeto.

No Brasil, diversos setores estão avançando na redução de emissões de gases de efeito estufa

E um deles é o sucroenergético, que se caracteriza por sua capacidade de produzir energia limpa em larga escala. Isso decorre principalmente do potencial da cana-de-açúcar como biomassa de maior capacidade de geração de energia limpa e renovável. 

A bioeletricidade produzida a partir do bagaço da cana representa baixíssimo impacto ambiental e o etanol tem potencial de reduzir até 90% das emissões de CO2 quando comparado à gasolina, contribuindo de forma significativa para a preservação ambiental e a melhoria da qualidade do ar. 

No aspecto econômico, segundo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a atratividade do etanol de cana-de-açúcar (ou etanol de segunda geração) e da bioeletricidade gerada com o bagaço de cana são grandes determinantes das decisões de investimento do setor na última década. A inovação do etanol de segunda geração, em especial, pode se tornar um grande diferencial competitivo para o país, que, sem precisar ampliar a área de produção de cana, consegue produzir mais combustível limpo.

De acordo com o Relatório Infraestrutura Setembro/2022, da CNI, as fontes de energia alternativas corresponderam a 26% da capacidade instalada total, no consolidado de 2021. A participação das usinas térmicas a biomassa foi de 9% e, pela previsão conservadora, o percentual deve ser mantido até 2025. A previsão conservadora para a participação das usinas eólicas (EOL) na capacidade instalada prevê um aumento de 11% para 14%, enquanto na participação das usinas solares fotovoltaicas estima-se um aumento de 3% para 5%. A participação das pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) deve permanecer em 3% até 2025.

A Plataforma Inovação para a Indústria

É uma iniciativa do Sistema Indústria para financiar o desenvolvimento de produtos, processos ou serviços inovadores, com o objetivo de aumentar a produtividade e a competitividade da indústria brasileira, além de promover a otimização da segurança e saúde na indústria. 

Criada em 2004 como Edital SENAI SESI de Inovação, a plataforma já selecionou mais de mil projetos inovadores, nos quais foram investidos mais de R$ 900 milhões. As propostas escolhidas recebem recursos e apoio para desenvolvimento de uma prova de conceito, passando por processos de validação, de protótipo e de teste na rede de inovação e tecnologia do SENAI.

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